Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina diz que adesão à paralisação é de 30% da categoria
Em entrevista coletiva nesta terça-feira, dia 23, o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, disse que o governo de Santa Catarina está disposto a retomar as negociações com os profissionais da Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais. Na manhã de terça, o secretário recebeu líderes da categoria, que optaram por seguir convocando os servidores para a paralisação.
Boing explica que, das quatro reivindicações feitas pelos servidores, três foram atendidas ainda no final de 2023, quando o governo do estado anunciou o maior concurso da história da Educação de Santa Catarina, aumentou o valor do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva para encerrar a cobrança de 14% na previdência dos aposentados. A principal reivindicação, contudo, seria a descompactação do plano de cargos e salários.
“A proposta feita pelo sindicato faria com que o estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores encerrarem a paralisação”, ressaltou. Conforme o governo, a variação da folha bruta da educação foi superior ao acumulado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos cinco anos.
Santa Catarina tem atualmente 83.617 profissionais da área de educação, número que representa mais de 50% do total de servidores do estado. Com o concurso público anunciado, com previsão de lançamento do edital ainda no primeiro semestre de 2024, serão admitidos mais 10 mil servidores efetivos.
Greve e reivindicações
A paralisação foi iniciada nesta terça-feira, com a adesão de aproximadamente 30% dos profissionais, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte). A categoria tem na pauta as seguintes reivindicações:
▪ Definição de data para novo concurso público;
▪ Retirada de desconto de 14% sobre os aposentados;
▪ Reajuste salarial;
▪ Garantia da hora-atividade (tempo de trabalho dos professores feito em horários alternativos);
▪ Descompactação da tabela (sem salários iguais para diferentes posições da carreira e ganhos conforme o trabalhador avança com sua formação ou tempo no serviço público);
▪ Mais investimentos na educação e na estrutura das escolas.
Com informações Oeste Mais