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Tempestade tropical Akará: entenda o fenômeno e o ‘caos’ que pode trazer para Santa Catarina

Jonathan Ribeiro

Jonathan Ribeiro

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Akará

A tempestade tropical Akará, que se formou na costa do Sul do Brasil nas primeiras horas desta segunda-feira (19), passou pelos estágios de depressão subtropical e depressão tropical, até atingir o nível em que está.

Além disso, esse fenômeno se trata de um dos muitos raros episódios de uma tempestade tropical. Conforme o portal MetSul Meteorologia, essa tempestade é o estágio anterior ao de um furacão em ciclones tropicais, registrados até hoje na costa do Brasil.

Ainda, o portal meteorológico aponta que uma vez indicado o ciclone como uma tempestade, o fenômeno passa a ser chamado conforme a lista oficial de ciclones que fogem do padrão (subtropicais ou tropicais) prevista pela Marinha para a costa brasileira.

Levando o nome de uma espécie de peixe na língua Tupi, esta tempestade foi chamada de tempestade tropical Akará. Além disso, neste século foram raros episódios de tempestades tropicais na costa do País, aponta a MetSul Meteorologia.

Tempestade tropical Akará é um fenômeno raro

A formação deste fenômeno chamou atenção da comunidade internacional. Além disso, a tempestade tropical Akará rendeu posts nas redes sociais sobre o alerta emitido da tempestade pelas autoridades brasileiras.

Houveram apenas quatro eventos desta natureza. Em 2004, antes de ser um furacão, Catarina obviamente passou pelo estágio de tempestade tropical.

Em 2010, embora alguns trabalhos acadêmicos classifiquem como tempestade subtropical, a MetSul e parte da comunidade especialista em ciclones dos Estados Unidos interpretam que Anita foi uma tempestade tropical.

Há alguns anos houve outras duas tempestades tropicais no Litoral brasileiro. Uma se chamava Iba e a outra sem nomenclatura definida.

O fenômeno Iba, em março de 2021, se formou a partir de um sistema de baixa pressão que se aprofundou após a passagem de uma frente fria na costa da Bahia, mas que não causou estragos.

E, por fim, a tempestade tropical 01Q, em fevereiro de 2021. Esse foi um sistema que não foi nomeado pela Marinha do Brasil e foi classificado como tempestade tropical pela NOAA.

O fenômeno atuou sem causar danos a uma grande distância da costa na altura dos litorais do rio Grande do Sul e do Uruguai.

Condição atual da tempestade tropical Akará

A tempestade Akará era um fenômeno tropical em intensificação na madrugada desta segunda-feira na costa do Sul do Brasil.

Conforme o NOAA, a tempestade às 3h desta segunda estava nas coordenadas -29ºS e 42,3ºW com pressão mínima central de 997 hPa, portanto em alto-mar, a Leste do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e do Litoral Sul de Santa Catarina.

Ainda, conforme a análise da NOAA, a tempestade tropical Akará se intensificou de 2.0 para 2.5 na técnica de Dvorak de ciclones tropicais, o que fez com que o sistema fosse elevado de depressão subtropical para tempestade tropical.

Um número 2.5 corresponde a ventos sustentados de 35 nós ou 65 km/h. Um ciclone tropical com ventos sustentados entre 63 km/h e 119 km/h é classificado como uma tempestade tropical. Se os ventos forem acima de 119 km/h, o sistema passa a ser designado como um furacão.

O fenômeno vai trazer impactos para o Continente?

Segundo o portal meteorológico, a trajetória da tempestade tropical Akará deve ser se deslocando para Sul em alto-mar a uma maior distância do Continente.

Embora o campo de vento forte de um ciclone possa se estender por centenas de quilômetros, em especial em ciclones extratropicais, o que não é o caso deste, o vento mais forte e intenso ficaria limitado as áreas de mar aberto e distante da faixa costeira por todas as projeções, sem exceção.

Com a atuação da tempestade tropical Akará, um impacto que pode ser sentido na costa é agitação marítima com ondas mais altas, mas nada significativo.

Mesmo o risco de uma ressaca maior não é alto, uma vez que, pelas características do sistema e a intensidade do vento em torno do seu centro de circulação não seria tão expressivo como nos comuns ciclones extratropicais de inverno.

Com informações ND Mais 

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