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Grupo de brasileiros resgatados da Faixa de Gaza chega ao Brasil

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Pousou em Brasília, na noite desta segunda-feira (13), o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com o grupo de 32 pessoas resgatadas na Faixa de Gaza — a maioria brasileiros. Eles aguardavam a autorização para deixar a região desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, há mais de um mês.

A previsão inicial era de que a aeronave chegasse à capital às 23h30, mas ela chegou seis minutos mais cedo, às 23h24. O grupo era aguardado por autoridades na Base Aérea de Brasília, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Além de 22 cidadãos brasileiros (natos ou naturalizados), há 10 palestinos – três parentes de primeiro grau de brasileiros, e sete portadores do Registro Nacional de Migração (RNM) que devem receber status de refugiados. Eles estavam no Sul da Faixa de Gaza, nas cidades de Khan Younis e Rafah.

O ministro de Comunicação Social, Paulo Pimenta, informou que entre os passageiros havia, pelo menos, duas crianças com quadro de desnutrição. Antes mesmo da chegada do avião na capital, ambulâncias já estavam posicionadas na pista, aguardando a chegada delas para levá-las ao hospital. Mais tarde, a equipe médica informou que três crianças e uma grávida receberam atendimento médico.

Antes de chegar a Brasília, aeronave, de modelo VC-2 (Embraer 190), pousou na Base Aérea de Recife, às 20h21, onde fez uma parada técnica para abastecimento e nenhum passageiro desembarcou. O procedimento durou algo em torno de 50 minutos. Segundo a Aeronáutica, essa é a maior operação de resgate de brasileiros em áreas de conflito no exterior.

Abrigo no Brasil após sair da Faixa de Gaza

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O grupo de 32 pessoas deve se dividir por quatro estados e o Distrito Federal após passarem pelo menos um dia no alojamento da Base Aérea de Brasília recebendo cuidados médicos e regularizando a documentação.

De acordo com o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho, eles devem se dividir da seguinte forma:

  • 4 têm família em Brasília e ficarão no DF
  • 12 ficarão com as famílias no estado de São Paulo
  • 12 que não têm mais familiares no Brasil ficarão em abrigo no interior de São Paulo
  • 2 vão para Florianópolis (SC)
  • 1 vai para Cuiabá (MT)
  • 1 vai para Novo Hamburgo (RS)

Segundo o secretário, o abrigo no interior de São Paulo foi “disponibilizado pelo governo federal através das parcerias e convênios que o Ministério do Desenvolvimento Social tem”.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o governo do Brasil entrou em contato com os brasileiros que estavam em Gaza e que manifestaram vontade de sair de lá, para fugir do conflito.

Os bombardeios em Gaza começaram no dia 8 de outubro. Desde então, a diplomacia brasileira iniciou a operação para trazer o grupo de volta. Primeiro, o Itamaraty organizou um deslocamento dos brasileiros do Norte para o Sul de Gaza, onde poderiam passar para a fronteira com o Egito.

Em seguida, o governo negociou com Israel, Egito e Catar para incluir os nomes dos brasileiros na lista dos que poderiam atravessar a passagem da fronteira egípcia. Os brasileiros deixaram Gaza no domingo (12).

Antes, o governo já havia trazido de volta para o país brasileiros que estavam em Israel. Para o secretário nacional de Justiça, a repatriação dos brasileiros da faixa de Gaza foi a mais difícil que o país realizou na guerra até agora.

“Foi a negociação mais difícil, mais dolorosa. Acho que quando envolve uma quantidade grande de crianças, o envolvimento emocional é muito grande”, afirmou Botelho.

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