Rebocador de balsa submersa está colapsado, o que prejudicou buscas ao homem desaparecido

Terminou sem evolução o quinto dia de operação que envolve as buscas ao homem que desapareceu nas águas do Rio Uruguai, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e na remoção das estruturas que ficaram submersas após o acidente onde uma balsa que fazia a travessia de um caminhão virou.

Segundo o Major Schpil, durante o dia, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e da equipe de Busca e Salvamento do Rio Grande do Sul fizeram várias descidas na tentativa de adentrar na cabine do rebocador, onde espera-se que esteja o operador, Flávio Tobaldini, de 47 anos, mas não foi possível.

Isso ocorre porque, conforme o Major que coordena toda a operação, a estrutura responsável por movimentar a balsa está bastante colapsada. Segundo ele, há vários elementos metálicos retorcidos, o que deixa a situação ainda mais complexa, com um nível de risco maior.

Diante desta situação, a partir das 16 horas as equipes mudaram a estratégia e deixaram de tentar entrar na cabine para recuperar o corpo. O foco tornou-se fazer a ancoragem do rebocador submerso por meio de cabos de aço, o que é bastante complexo, pois é uma operação de difícil maneabilidade e sem visibilidade.

Mesmo nestas condições, os bombeiros conseguiram prender os cabos à estrutura, conectando a um catamarã de Marcelino Ramos/RS. Mas ao tentar puxar o rebocador para remove-lo das águas, os cabos romperam. Como já era fim de dia, com pouca luminosidade e equipe cansada, a operação foi suspensa.

O Major Schpil confirmou que as atividades retornam para o sexto dia de buscas nesta segunda-feira. A partir das dez horas, a equipe de mergulhos estará no local e tendo condições de entrar nas águas, os profissionais começarão novamente a amarração do reboque com cabos de aço para arrasta-lo para a margem e, depois, para fora de água, e assim recuperar o corpo do homem.

Naufrágio da balsa

Na quarta-feira, 18, por volta das 7h, uma balsa saiu do município de Alto Bela Vista, em Santa Catarina, sentido Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, transportando um caminhão com carga de tijolos. Estavam na balsa três pessoas: o condutor da balsa, o marinheiro e o motorista do caminhão.

Ao adentrar o rio, devido a correnteza, houve um emborcamento que levou ao naufrágio da balsa. O motorista do caminhão e o marinheiro conseguiram nadar para cima da balsa que havia virado. Eles foram resgatados por populares. Devido a essa correnteza, a balsa desceu em torno de 1 km abaixo do ponto onde naufragou.