O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na terça-feira (29) que vai criar o Ministério da Pequena e Média Empresa. A medida já havia sido defendida pelo presidente nacional do Sebrae, o catarinense Décio Lima.
“Nós vamos criar. Estou propondo a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, que reúne cooperativas e empreendedores individuais, para que a gente tenha um ministério específico para cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidade, disse o presidente.
Segundo Lula, o objetivo da nova pasta é valorizar o trabalho de empreendedores.
“Tem gente que prefere trabalhar em casa, na rua, abrir uma salinha para produzir alguma coisa e vender. Nós precisamos entender que essa gente tem importância e precisamos dar condições de essas pessoas terem acesso a crédito para dar o pontapé inicial. Quando essa pessoa tiver ganhando dinheiro, ela vai pagar o crédito do empréstimo”, comentou.
“Por isso, quero valorizar muito os empreendedores individuais, as cooperativas e a pequena e média empresa, porque ela gera 60% ou 70% dos empregos desse país. E, quanto melhor estiver a pequena empresa, melhor estará o salário e a vida do povo. É um ciclo vicioso que não tem muito milagre”, acrescentou.
De acordo com o presidente, o governo precisa estimular a criação de postos de trabalho não apenas no regime de carteira assinada. “O empreendedor, o cara que quer empreender é um trabalhador. Ele tem que ser levado em conta, porque ele vai cuidar da sua família, ele quer progredir. Isso é muito bom para o país”.
Trabalho do Ministério da Pequena e Média Empresaserá complementar ao Sebrae
A criação de um ministério focado em empresas pequenas e médias já havia sido defendida pelo presidente nacional do Sebrae, o catarinense Décio Lima.
Após a confirmação da nova pasta pelo presidente Lula, o catarinense destacou que os pequenos negócios precisam ser protegidos.
“O Ministério das Micro e Pequenas Empresas já nasce gigante. Desde o início defendemos a ideia do presidente Lula e o Sebrae estará junto, apoiando sua criação e as medidas que forem necessárias. O trabalho do ministério será complementar ao do Sebrae, pois focará sua atuação na definição de políticas públicas e caberá ao Sebrae a implementação dessas diretrizes. O Sebrae está presente em todos os Estados brasileiros, o que dá capilaridade para executar essas políticas públicas. O segmento merece esta estratégia de atuação, com este olhar do governo federal. O setor representa 99% dos CNPJ brasileiros, 55% dos empregos formais e 30% do PIB”, afirma.