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Pastor de Blumenau é preso pela Polícia Federal em operação sobre atos de 8 de janeiro

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O pastor Dirlei Paiz, morador de Blumenau, no Vale do Itajaí, é um dos presos pela Polícia Federal em Santa Catarina, na Operação Lesa Pátria, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17). A operação acontece em vários Estados do Brasil e apura crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

A informação da prisão do pastor foi confirmada pelo ND+ junto à Câmara de Vereadores de Blumenau e também com amigos de igreja do pastor. Dirlei Paiz era responsável pela Igreja Assembleia de Deus Missões, localizada na rua Pastor Oswaldo Hesse, no bairro Ribeirão Fresco.

“Confirmo a informação da prisão do pastor, mas não tenho mais informações sobre ele. Conversei somente com o filho dele, que me disse que a Polícia Federal chegou de manhã cedo, chamaram por ele em casa pelo nome e ele imediatamente atendeu. Em seguida, foi levado por uma viatura”, afirmou Danilo Machado, amigo pessoal do pastor e frequentador da igreja, em Blumenau.

Pastor ocupava cargo comissionado na Câmara de Blumenau

O pastor preso nesta quinta-feira (17) ocupava o cargo comissionado de Coordenador Político na Câmara de Vereadores de Blumenau, no gabinete do vereador Almir Vieira (PP). Dirlei Paiz também já foi candidato a vereador, mas não foi eleito.

A diretoria de comunicação da Câmara de Blumenau informou ao ND+ que iria se manifestar sobre a prisão do servidor por meio de nota e confirmou que ele não compareceu ao seu local de trabalho nesta quinta-feira (17).

Nas redes sociais, o pastor aparece em várias postagens nas concentrações realizadas após o resultado das eleições de 2022 em frente ao 23º BI (Batalhão de Infantaria) na rua Amazonas, no bairro Garcia em Blumenau.

O envolvimento dele com os atos de 8 de janeiro em Brasília, contudo, ainda não foi esclarecido. O ND+ realizou contato com o advogado de defesa do pastor preso. Contudo, até o momento, não houve retorno.

Operação mira série de crimes, segundo PF

A Operação Lesa Pátria da Polícia Federal teve início nas primeiras horas desta quinta-feira (17). Em Santa Catarina, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão e outros três mandados de prisão preventiva.

Conforme a PF, a operação visa identificar pessoas que promoveram e participaram dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Na ocasião, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por manifestantes que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos destas instituições.

Até o momento, a polícia confirma que duas prisões já foram efetuadas em Santa Catarina, ambas cumpridas pela Polícia Federal de Itajaí, que atende também a região de Blumenau.

Os alvos desta fase da operação são suspeitos de terem promovido o movimento chamado de “Festa da Selma”, que na verdade era um codinome previamente utilizado para se referir às invasões, segundo a Polícia Federal. Além disso, a PF aponta que o termo repassava detalhes sobre coordenadas e instruções para as invasões aos prédios públicos.

As investigações da PF estão voltadas, em tese, à apuração dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Com informações ND Mais 

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