O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) teve a conta no Twitter suspensa na noite dessa sexta-feira, 4, e agora, neste sábado, 5, a do Instagram. O atual vereador de BH fez publicações de teor golpista onde questionava o resultado das eleições e a confiabilidade das urnas eletrônicas.
“É inacreditável o que está acontecendo…”, escreveu o deputado eleito. Ele atribuiu a suspensão a um processo que tramita na Corte.
Enquanto ainda tinha seu perfil, Nikolas Ferreira publicou, por meio do Instagram, a justificativa do Twitter para o banimento de sua conta. “Em estrito cumprimento às obrigações aplicáveis aos provedores de aplicação de Internet nos termos da Lei 12.965/2014, nós estamos aqui para lhe informar que a sua conta no Twitter, @nikolas_dm, é objeto de ordem judicial que determinou a suspensão integral”, diz o comunicado da plataforma. O TSE havia informado que pediria a suspensão de perfis nas redes sociais que promovessem notícias falsas sobre o resultado das eleições.
Em vídeo publicado nos stories, Ferreira havia dito que é provável que seu perfil tenha sido derrubado porque ele divulgou a transcrição de trechos de uma live em que um argentino levanta uma série de suspeitas sobre o pleito presidencial brasileiro. A transmissão foi compartilhada por diversos bolsonaristas nesta sexta-feira, 4.
“Eu pedi para o meu advogado pegar aqui, acessar os autos. Mas, basicamente, você não precisa gostar de mim para poder defender a liberdade das outras pessoas. Eu basicamente, simplesmente transcrevi o que o argentino disse no Twitter e, provavelmente, foi por isso que derrubaram minha conta no Twitter com quase 2 milhões de seguidores. Basicamente, hoje você não pode questionar. Você não pode perguntar, e as pessoas não estão entendendo quão perigoso é isso. Um tribunal que decide aquilo que você pode ou não falar na rede social. Surreal”, disse.
Gustavo Gayer (PL), colega de partido de Ferreira e deputado eleito de Goiás, também disse em seu Instagram que teve a conta no Twitter suspensa.
“Nem que eu tenha que ir paras as ruas apenas com um megafone eu não vou parar. Nós não podemos parar”, afirmou.