Mais de 700 meteoros foram registrados entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado (30) em Monte Castelo, no Norte catarinense, durante o ápice da chuva Delta Aquáridas do Sul. A estação de monitoramento havia notificado 400 ocorrências no mesmo período do ano passado.
Segundo o astrônomo Jocimar Justino, que coordenada a estação de Monte Castelo e integra a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), a Delta Aquáridas do Sul é uma das melhores chuvas de meteoros para se observar no Brasil.
“Os meteoros dessa chuva provavelmente são formados por detritos do cometa 96P/Machholz, um cometa que passa raspando o Sol”, conta. De acordo com Justino, a cada seis anos, ele passa a 18,6 milhões de quilômetros da estrela central do Sistema Solar.
O número de ocorrências registrado entre sexta e a madrugada deste sábado é considerado um recorde na estação de monitoramento.
“Além dos meteoros desta chuva, também foram flagrados meteoros esporádicos e de outros radiantes ativos como os Alfa Capricornídeos, por exemplo”, complementou.
A atividade da Delta Aquáridas do Sul costuma ocorrer entre 22 de julho e 17 de agosto, com pico em 30 de julho.
Chuva de meteoros
O meteoro é um fenômeno luminoso que ocorre quando um pequeno fragmento de rocha espacial atravessa a atmosfera em altíssima velocidade. Quando entra na Terra, esse fragmento comprime e aquece rapidamente o gás atmosférico, formando uma bolha de plasma (gás aquecido e ionizado), que brilha por um determinado período de tempo.
“Entretanto, em certas épocas do ano, a Terra atravessa uma área do céu que possui uma quantidade maior de detritos deixados por cometas ou asteroides. Quando isso ocorre, vários desses fragmentos atingem a atmosfera ao mesmo tempo, formando as chuvas de meteoros”, explica a Bramon.
Com informações G1SC