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Ex-padrasto que matou Maitê, Treze Tílias, ligou à polícia para ser preso

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O ex-padrasto da menina Maitê Brambila dos Anjos, de 2 anos, morta na noite de terça-feira (26) no apartamento em que morava com a mãe, em Treze Tílias, se entregou à Polícia Militar no início da manhã desta quarta-feira (27).

O delegado Marcelo Marins, da Polícia Civil de Treze Tílias, informou que o homem fugiu após o crime, que aconteceu por volta das 20 horas. “Ele ficou escondido, ficou acoado, sem ter para onde ir”, explicou.

Marins afirmam que varreduras foram feitas  durante a madrugada para localizar o suspeito. “Fizemos buscas a noite inteira para rastreá-lo, tanto a Polícia Militar quanto a Civil. Já tínhamos o nome e o histórico policial dele”, detalhou.

Já no início da manhã desta quarta-feira, o homem ligou para a Central de Plantão Policial e informou que estava escondido em uma casa no bairro São José.  “Ligou para a Polícia Militar dando o endereço para irem lhe buscar, provavelmente estava com medo de ser linchado, pois, é um crime gravíssimo, que choca a população”, disse Marins.

O homem tem 31 anos e foi levado para a Delegacia da Polícia Civil de Joaçaba, município vizinho, sem advogado de defesa. O delegado afirma que ele foi preso em flagrante e os documentos serão enviados ao Poder Judiciário.

Até a metade da manhã desta quarta-feira ele ainda não havia sido ouvido oficialmente pelo delegado. Ainda hoje deverá ser levado para o Presídio Regional de Joaçaba.

Investigação em andamento

A Polícia Civil está investigando qual era a relação do homem com a criança, uma vez que a mãe afirmou à PM que ele frequentava a casa da família mesmo após o fim do relacionamento com ela.

Também está sendo apurado se a menina foi vítima de abuso sexual e outras agressões, o que deve ser apontado no laudo cadavérico produzido pela Polícia Científica.

A tragédia

Maitê Brambila dos Anjos foi encontrada morta pela mãe, por volta das 20h de terça-feira. A menina estava deitada na cama, embaixo das cobertas, com um corte no pescoço, segundo o avô paterno, Julio Cezar Matias dos Anjos, morador de Água Doce (SC).

O Corpo de Bombeiros Voluntários confirmou a morte da criança, que era segurada pela mãe no colo quando os socorristas chegaram no endereço.  Maitê sofreu um corte grave e profundo no pescoço. A faca usada no crime foi apreendida.

A mãe da criança disse à Polícia Militar que a filha ficou no apartamento com o ex-companheiro, de 31 anos, para ir trabalhar. Embora estivessem separados há cerca de dois meses, o homem frequentava a casa da família.

No dia do crime, o homem teria se oferecido para levar a criança à creche, o que normalmente era feito por um tio. Ele teria justificado que a levaria para a escola, pois iria comprar presentes para ela.

O que diz o pai da menina

O pai da Maitê, Juliano Cezar Matias, de 23 anos,  escreveu um desabafo  emocionante sua conta no Facebook, no início da manhã desta quarta-feira (27). Ele pediu perdão por não ter conseguido proteger a filha e disse que está com o coração em pedaços.

“Me perdoe minha filha, se não fui um bom pai, se não te protegi o suficiente desse mundo tão cruel. Meu coração está em pedaços meu anjinho”, escreveu.

O homem, morador de Treze Tílias, também disse que se sente culpado por não ter conseguido proteger a filha. “Você se foi e deixou seu papai aqui sem saber de nada. Eu jamais vou me perdoar por não ter conseguido te proteger da maldade desse monstro”, comentou.

O pai da Maitê definiu a morte da filha como “covardia” e prometeu que não vai “deixar isso barato”. “Mas uma coisa eu te prometo, minha filha amada, eu não vou deixar isso barato, pois o que ele fez com você foi covardia demais para ser feita com um anjinho inocente que não sabia se defender e que não sabia de nada do que estava acontecendo”, completou.

Juliano Matias finalizou dizendo que a filha sempre será lembrada por ele. “Eu te amarei eternamente minha princesinha, minha pulguinha. Eu te amo muito, meu toco de gente”, concluiu.

Ele foi amparado por amigos. “Eu não sei o que te falar neste momento amigo! Mas estamos com você! Que Deus te dê forças para aguentar”, escreveu na mesma rede social a amiga Day. “Força meu amigo, que a justiça seja feita pela pequena Maitê. Deus consolará seu coração. Estamos todos com você”, disse Michelli. Outras pessoas se manifestaram na internet pedindo justiça no caso.

 

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