Agentes da Polícia Civil encontraram, nesta terça-feira (19), um paiol que pode ter sido utilizado pela quadrilha que realizou um mega-assalto na cidade de Guarapuava (PR), no último domingo (17).
Armas, projéteis, coletes balísticos, uniformes policiais foram encontrados em um sítio, no interior de São Paulo. A ação foi registrada na noite de domingo e foi denominada “domínio de cidade”, onde, pelo menos, 30 criminosos fecharam ruas da cidade para atacar uma empresa de transporte de valores.
Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) encontraram fuzis, sendo um deles um AK-47 – capaz de derrubar um helicóptero – metralhadoras, carabinas, coletes e camisetas falsas da Polícia Civil de São Paulo e Paraíba, o que indica que se trata de uma quadrilha interestadual.
Todo o arsenal estavam em um sítio localizado em Araçariguama, interior de São Paulo. As armas estavam no sótão da casa e a suspeita da polícia, conforme o diretor do Deic, delegado Fábio Pinheiro, o proprietário da localidade pode ser o fornecedor de armas para a quadrilha ou até mesmo tenha efetivamente participado da ação.
Polícias ainda fazem buscas
A polícia do Paraná suspeita que os homens que participaram do mega-assalto estejam escondidos em um matagal e possam estar feridos. Mais de 250 policiais estão envolvidos em buscas pelo Paraná, sobretudo, em áreas rurais.
Na tarde desta segunda (18), um suspeito de 25 anos foi preso. Ele foi interrogado pela polícia e, cinco horas depois, liberado. Apenas o celular permaneceu em poder dos investigadores.
Um fuzil foi abandonado em uma árvore. Dois caminhões queimados pelo grupo criminoso permanecem em frente ao Batalhão da Polícia Militar. A unidade foi intensamente alvejada. São pelo menos 30 tiros só na fachada.
Dois policiais ficaram feridos na ação. Um deles foi atingido na cabeça e está internado em estado grave. O outro foi baleado na perna e passou por cirurgia. Um terceiro policial só não ficou ferido porque o disparo atingiu o celular e o colete à prova de bala.
Moradores também foram feitos reféns e usados como escudos humanos por cerca de 30 homens. Diversos veículos foram incendiados na fuga. Carros e armamento foram apreendidos pela polícia.
Relembre
Na noite de domingo (17), criminosos fortemente armados bloquearam acessos a Guarapuava, incendiaram veículos em frente a um batalhão da Polícia Militar e tentaram assaltar uma empresa de transportes de valores.
Cerca de 50 homens teriam participado do ataque a Guarapuava. Sete fuzis e duas metralhadoras .50, que são capazes de perfurar carros blindados, foram apreendidas, segundo informações da Polícia Militar.
Em dezembro de 2020, um grupo atacou agências bancárias de Criciúma sob os mesmos moldes usados na cidade paranaense. A Polícia Civil de SC auxilia nas investigações desse caso mais recente.
*Com informações do Portal R7 e Portal RIC Mais Paraná