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Atraído por cocaína, advogado sofreu emboscada antes de ser morto em SC

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Um homem foi preso e outras oito pessoas são investigadas de participarem da morte de Carlos Eduardo Martins Lima, 31 anos, advogado criminalista encontrado morto na manhã da última quarta-feira (2), em Florianópolis (SC).

O trabalho está sendo conduzido pela Delegacia de Homicídios de Florianópolis, aos cuidados do delegado Ênio de Oliveira Mattos que, ainda na quinta-feira, realizou a prisão de um homem apontado como um dos responsáveis pela morte.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta sexta-feira (4), na região do bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha, onde o crime aconteceu. Em uma residência “vestígios do crime” foram encontrados, segundo nota repassada pela polícia. No local, estiveram ainda presentes o NOC (Núcleo de Operações com Cães da Polícia Civil), além da Polícia Científica.

Outras oito pessoas estão sendo investigadas, entre elas, a namorada de Carlos Eduardo. Ela prestou esclarecimentos nesta quinta-feira na condição de testemunha e, segundo o delegado Ênio, a companheira “passou a ser” uma das suspeitas da morte do advogado.

Advogado pode ter sido vítima de uma emboscada

Com um perfil bastante “expansivo” onde a linguagem contemporânea se refere aquele que pratica ostentação, Carlos Eduardo sempre fez questão de exaltar suas posses e seus bens.

Seu perfil e uma rede social é bem marcado por depoimentos que seguem essa linha. Em um vídeo, inclusive, ele aparece exibindo maços de dinheiro que “prometia” usar nas mais variadas formas.

Essa postura, inclusive, pode ter sido determinante para que ele fosse morto.

Conforme apurado pela reportagem, ele passou a ser alvo justamente por ter muitos bens, mas também por externar isso a todo instante. A começar pelo veículo que conduzia, uma BMW 320, modelo 2021, não sai por menos de R$ 270 mil.

Juntamente de joias, dinheiro em espécie, Carlos Eduardo portava um cartão “black”, modalidade usada por pessoas de alta renda ou determinado nível de investimento. Os limites diários para o uso podem chegar até R$ 50 mil.

Um áudio obtido pela reportagem, com exclusividade, revela um homem que supostamente tem envolvimento no crime, perguntando o quanto é possível usar no limite diário.

“Ele queria que notassem que ele tinha dinheiro. Foi o que aconteceu, notaram, ele mostrou que tinha, e acabou sendo vítima de uma espécie de emboscada”, revelou uma fonte que pediu para não ser identificada.

Aquisição de droga foi usada como “isca”

Ainda de acordo com o que foi apurado pela reportagem, o advogado foi atraído a partir de uma negociação envolvendo compra de cocaína. Ele teria adquirido um valor do entorpecente que não foi condizente com a substância entregue.

A namorada, que estava em período de Carnaval com Carlos Eduardo, teria ficado na pousada onde estavam hospedados sob a condição de ameaça de morte. Essa parte, no entanto, não foi confirmada pelo delegado que investiga o caso.

O advogado, que era usuário confesso, foi supostamente coagido a buscar mais droga e, nesse momento, acabou sendo vítima de uma emboscada, entre a noite de terça-feira e o começo da madrugada de quarta.

Um laudo ainda é aguardado comprovando a causa, mas conforme repassado a partir do inquérito, Carlos Eduardo foi brutalmente agredido na cabeça e no abdômen, a partir de múltiplos ferimentos. Essas características devem condicionar o laudo a politraumatismo, que se deve por diversas lesões que atingem mais de um sistema do corpo.

Outro laudo que é aguardado é o toxicológico para saber se a versão, até aqui levantada, bate com o que foi colhido pela investigação.

Com informações ND Mais 

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