A operação “Imagem Revelada” da Polícia Civil cumpriu na manhã desta quarta-feira, dia 17, onze de quinze mandados de prisão de busca e apreensão contra grupos que praticavam “golpe do nudes”, em Santa Catarina.
De acordo com a Polícia Civil, os integrantes da organização se passavam por garotas “novinhas” como eles mesmo denominavam, por meio de perfis falsos na internet que eram usados para puxar conversa com homens.
A investigação começou em dezembro de 2020 em São Bento do Sul, onde foi instaurado um inquérito para investigar a denúncia de uma vítima que teria depositado cerca de R$ 70 mil para os criminosos. Apesar de ter sido iniciada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), da Polícia Civil de São Bento do Sul, a investigação também teve apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, já que todos os investigados são do estado.
Mais de 60 policiais cumpriram os mandados nas cidades gaúchas de Cachoeirinha, Charqueadas, Montenegro, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Além das prisões de 11 suspeitos, também foram apreendidos R$ 59 mil em dinheiro, documentos e celulares.
O golpe
Segundo a Polícia Civil, os criminosos criam perfis falsos em rede social com fotos sensuais de garotas e em seguida, puxam conversas com homens de vários locais do país, escolhendo vítimas que aparentam ter alto poder aquisitivo.
Os suspeitos informam um contato de aplicativo de mensagem para a vítima e começam conversas eróticas, enviando fotos sensuais da suposta garota para que o interlocutor também envie fotos suas. De posse das conversas e do material trocado com a vítima, os criminosos passam a extorquir o interlocutor, alegando que a menina é adolescente e que a vítima teria praticado um crime.
Diante das ameaças de que será processado judicialmente e de que o caso será levado ao conhecimento da polícia para que o homem seja preso, os criminosos exigem quantias em dinheiro para “abafar o caso”.
Para transmitir credibilidade às exigências, os criminosos chegam a montar delegacias de polícia falsas, onde fazem imagens simulando a tramitação de investigações e até a expedição de mandados de prisão falsos, para causar ainda mais pânico nas vítimas. Algumas acabam cedendo às chantagens e fazem transferências aos criminosos antes de procurar a Polícia Civil para denunciar a situação.
