Uma criança de 2 anos foi esquecida em uma creche de Ibirama, no Vale do Itajaí. Ele foi encontrado pelos próprios pais quase uma hora depois do fechamento, molhado e sozinho em uma sala. O pai, que prefere não se identificar, registrou um boletim de ocorrência. A prefeitura diz que corpo técnico analisa o caso.
O menino ficou trancado no Centro de Educação Infantil (CEI) Abelhinha Feliz, no bairro Areado, após o encerramento das atividades na sexta-feira (13).
O pai da criança conta que esperava a criança no ponto de ônibus, como ocorre habitualmente. Quando o veículo que transporta os alunos chegou, no entanto, a estagiária que acompanha o grupo teria dito que uma pessoa já havia buscado o filho dele na creche. No entanto, apenas o pai e a mãe tinham autorização para buscar o garoto na unidade de ensino.
“Quando ela me falou aquilo, eu disse: pelo amor de Deus, não me diz um negócio desses. Pensa como ficou a nossa cabeça. Logo pensei: ‘Não vou atrás de ônibus, de ninguém, vou atrás da creche. Deve ter havido um mal-entendido. Vou correr para a creche porque de repente ele está lá no braço da diretora'”, disse.
Ele foi de carro até a creche, mas a unidade já estava fechada. Enquanto tentava ligar para professoras, a mãe caminhou ao redor do prédio chamando pelo filho. Quando o menino ouviu a voz da mãe, começou a chorar e gritar.
“Não cheguei a entrar, mas tinha barulho de água e ele estava molhado, pode ter aberto alguma torneira. Vi que ele estava meio longe da janela, que dava passagem, então peguei um sarrafo e quebrei o vidro. Tiramos os estilhaços e pegamos ele pela janela, pensa o desespero”, explicou.
A Polícia Militar de Ibirama informou que foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso e que houve uma solicitação de que as demais informações fossem repassadas pela Secretaria de Educação do município.
A Prefeitura de Ibirama divulgou uma nota nas redes sociais em que afirmou que a situação “está sendo analisada pelo corpo técnico e pedagógico do município, para que supostos equívocos sejam corrigidos”.