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Roberto Dias é demitido do governo federal após denúncia de propina em compra de vacinas

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Roberto Dias, que desempenhava a função de diretor de Logística do Ministério da Saúde, foi exonerado do cargo pelo governo federal nesta terça-feira (29) após ter sido denunciado por um representante da empresa Davati Medical Supply, que alegou ter sido pressionado a pagar propina na compra da vacina Astrazeneca/Oxford contra a Covid-19.

A confirmação da demissão ocorreu na manhã desta quarta-feira (30) ao ser foi publicada no Diário Oficial da União.

O caso foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo, que entrevistou Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa do ramo farmacêutico.

O funcionário relatou ter recebido a proposta de propina em um encontro informal com Roberto Dias para tratar da compra de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford.

Ainda de acordo com Dominguetti, o diretor teria afirmado que a empresa precisava aumentar os valores das doses, pedindo propina de US$ 1 por dose comprada. A Record TV procurou o Palácio do Planalto e o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta.

Com a revelação do caso, o governo de Jair Bolsonaro torna-se alvo de outra denúncia de corrupção na compra de vacinas em menos de uma semana.

Na última sexta-feira (25), o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, afirmaram à CPI da Covid que a estrutura do governo foi utilizada para o superfaturamento e favorecimento da vacina indiana Covaxin.

A nova denúncia também deve ser investigada pela CPI. “Vamos convocar o senhor Luiz Paulo Dominguetti Pereira para depor na CPI da Pandemia na próxima sexta-feira, dia 02/07”, escreveu o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Omar Aziz (PSD-BA), em suas redes sociais.

O departamento de logística do Ministério da Saúde, alvo das duas denúncias sobre compra de vacinas, é “loteado” por nomes ligados ao Progressistas (PP) desde quando o atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PR), comandava a pasta, entre 2016 e 2018.

Barros também se tornou alvo das investigações após ter seu nome citado pelos irmãos Miranda. Segundo a dupla, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria apontado o deputado como o provável responsável pelas irregularidades no contrato da Covaxin depois que soube da denúncia pelos irmãos. Barros nega as acusações.

Com informações ND Mais 

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