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Médico de Joinville é flagrado em motel durante horário de trabalho

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Um dos médicos, alvo da operação que apura fraudes no registro do ponto eletrônico em um hospital de Joinville, foi flagrando deixando o expediente para ir em um motel durante as investigações. A informação foi confirmada pelo delegado Rafaello Ross em entrevista à NDTV Record Joinville.

Na manhã desta terça-feira (15), equipes da DIC e do Gaeco cumpriram onze mandados de busca e apreensão e prenderam duas pessoas em flagrante na ação.

Ao menos 11 profissionais são investigados por suspeita de registrar as digitais e saírem do Hospital Regional de Joinville sem cumprir a jornada integral de trabalho, voltando apenas no fim do expediente para marcar a saída.

Segundo Ross, as investigações tiveram início em setembro, após a própria unidade denunciar a conduta dos profissionais. A princípio, 15 médicos foram monitorados e em 11 a fraude foi constatada.

“Com isso, fizemos um monitoramento de campo durante 45 dias onde percebemos que de fato os médicos registravam o ponto de entrada e, logo depois, saiam para fazer atividades particulares, como compras, iam para clínicas particulares ou faziam atividades esportivas. No final do expediente, eles retornavam apenas para registrar a saída”, explica.

Foi durante essa investigação que um dos médicos foi flagrado deixando o trabalho para ir ao motel.

“Os investigadores em campo, em determinado período, perceberam que um médico, no meio da tarde, deixou o hospital sem marcar a saída. A polícia, então, fez o monitoramento e em dado momento, perceberam que ele ingressou no motel, onde ficou por cerca de uma hora no local, quando, em tese, deveria estar no hospital”, explica.

Diante dos fatos, a polícia representou pelos mandados de busca e apreensão, a fim de angariar provas que comprovassem a conduta. Durante o cumprimento, dois médicos foram flagrados em casa, dormindo, ao invés de estarem trabalhando na unidade. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

“Enquanto cumpríamos os mandados percebemos que tinham dois médicos que estavam com o ponto em aberto no hospital. Então, confirmamos que efetivamente eles estavam em casa, enquanto deveriam estar presencialmente no hospital”, conta.

Hospital acompanha as investigações

Em nota, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt informou que, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, procurou os órgãos competentes para investigar o caso após denúncias de que servidores registravam a entrada e a saída no hospital, mas não permaneciam trabalhando na unidade.

Além disso, o hospital e a SES afirmaram que colaboraram com as investigações, disponibilizando o acesso ao ponto eletrônico e imagens das câmeras de segurança da instituição.

Veja a nota na íntegra:

“O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt informa que na manhã dessa terça-feira (15) foi deflagrada uma operação para verificar irregularidades com relação ao registro de ponto de alguns profissionais médicos na instituição.

O Hospital Regional com apoio da Secretaria de Estado da Saúde procurou os órgãos competentes para investigação após receber denúncias de que alguns servidores registravam entrada e saída no hospital, porém, não permaneciam trabalhando na instituição. A ação organizada pelo GAECO resultou no encaminhamento de profissionais para oitivas.

Tanto a Secretaria de Estado da Saúde quanto o HRHDS estavam cientes da operação e colaboraram durante toda a investigação, disponibilizando acesso ao ponto eletrônico de servidores e imagens das câmeras de segurança da instituição”

Conselho Regional de Medicina (CRM)
O CRM informou que não irá se manifestar por enquanto.

Sociedade Joinvilense de Medicina

Diante da divulgação sobre a investigação envolvendo médicos do Hospital Regional Hans Dieter Schmitt, a Sociedade Joinville de Medicina declara que não teve acesso ao inquérito, que corre em segredo de justiça, razão pela qual fica impedida de tecer qualquer comentário sobre o assunto. Ressalta que sempre atuou e continuará atuando em defesa da classe médica, respeitando os limites legais e éticos profissionais. A entidade também informou que o setor jurídico foi acionado para acompanhar as investigações.

“Enquanto cumpríamos os mandados percebemos que tinham dois médicos que estavam com o ponto em aberto no hospital. Então, confirmamos que efetivamente eles estavam em casa, enquanto deveriam estar presencialmente no hospital”, conta.

 

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