O valor das novas parcelas do auxílio emergencial a serem pagas pelo governo até o fim do ano devem ser definidas até sexta-feira (28). A informação foi divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro durante viagem ao nordeste.
Inicialmente, a intenção do governo era anunciar nesta terça-feira (25) os novos valores do benefício, juntamente a um pacote de medidas de estímulo à economia do país. As medidas visam o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
No entanto, o pacote foi adiado a pedido de Bolsonaro. O chefe do executivo estaria insatisfeito com o valor a ser pago no Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
Durante discurso, o presidente afirmou que o saldo positivo na geração de empregos foi “em parte” impulsionado pelo pagamento do benefício. Foram criados ao todo 130 mil postos de trabalho em julho, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Vamos continuar com ele [auxílio emergencial], mesmo que seja com valores diferentes até que a economia realmente possa pegar em nosso país. Vai ser até dezembro, só não sei o valor”, afirmou.
Conta insustentável
Segundo Bolsonaro, não é possível continuar a suportar a conta de R$ 50 bilhões por mês com o pagamento do auxílio emergencial. O presidente ainda afirmou que “dinheiro de mais em circulação leva à inflação”.
Para o presidente, o Brasil “é um dos países que melhor enfrenta a pandemia”, apesar das mais de 115 mil mortes registradas pela Covid-19.
O número coloca o país como o segundo mais afetado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.