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Governo de SC muda formato de dados de vítimas da Covid-19

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A Secretaria de Estado da Saúde mudou a forma como é feito o levantamento e a divulgação dos dados das vítimas da Covid-19 em Santa Catarina.

O detalhamento dos casos confirmados e dos óbitos – como sexo, faixa etária e município – não serão mais informados nos boletins diários. O novo formato passou a valer nos relatórios publicados a partir desta segunda-feira (10).
O Estado justifica a mudança por conta do aumento expressivo do número de óbitos. Além disso, destaca que essas informações continuam disponíveis para a população no portal de dados abertos.

Levantamento de dados
Até então, o número de óbitos por Covid-19 era computado de forma manual, usando as informações recebidas através de e-mail, dos sistemas de notificações (e-SUS e Sivep-Gripe) e do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade).

Entretanto, o aumento do número de óbitos causados pela doença fizeram com que a Secretaria de Saúde automatizasse o recolhimento de dados. Isso será feito pela plataforma Boa Vista com as informações do Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde e do sistema de notificações de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) e óbitos por Covid-19.

De acordo com Fabio Gaudenzi, médico infectologista da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), o sistema Sivep-Gripe já era utilizado no monitoramento dos casos graves da síndrome respiratória aguda grave. A plataforma foi adotada devido à estabilidade e velocidade na consolidação desses casos.
Para o médico, com a utilização desse sistema que faz parte da rede da internet, é possível acessar mais rapidamente a informação e reduzir o tempo de notificação.

Números da Covid-19
Conforme o boletim divulgado nesta segunda-feira, há 106.928 casos confirmados de Covid-19, sendo que 94.560 estão recuperados e 10.827 continuam em acompanhamento. A doença respiratória causou 1.541 óbitos no estado desde o início da pandemia. Com isso, a taxa de letalidade é de 1,44%.
Os óbitos computados nesta segunda-feira são referentes aos meses de abril, maio, junho e julho – e mês de agosto – que não tinham sido reportados.

Acesso pelo cidadão
O jornalista Marcelo Soares, criador da Lagom Data acompanha diariamente os dados desde o início da pandemia. Para ele, a decisão de não informar os detalhes das vítimas da Covid-19, como o sexo e a idade, dificulta o acompanhamento dos padrões da doença.

“A doença afeta as pessoas de maneiras diferentes, faixas etárias diferentes. Temos observado com os dados, por exemplo, que a doença afeta mais os homens do que as mulheres. É difícil essa informação chegar ao cidadão comum se ela não é divulgada no boletim”, disse o jornalista.

Soares explica que o especialista na área de dados conhece outras alternativas para chegar até essas informações. No entanto, esses outros meios não são, muitas vezes, conhecidos, de fácil acesso e leitura pela população em geral.

“A divulgação dessas informações por um boletim diário facilita a vida do cidadão. Sem elas, ele acaba ficando menos informado da situação. Essa divulgação pela Secretaria é uma prestação de contas”, conclui.

Em breve, o nd+ trará mais detalhes sobre a alteração na divulgação dos dados da Covid-19.

Com informações ND Online 

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