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Governador nega omissão no combate à pandemia em SC e cobra prefeitos: ‘Que cada um assuma a responsabilidade devida pelo cargo’

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O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), afirmou em entrevista à NSC que o governo do estado não tem sido omisso na gestão da pandemia do novo coronavírus e que cabe às prefeituras tomar decisões mais duras caso julguem necessário. No começo de junho, o Poder Executivo do estado divulgou um plano regionalizado para que administrações municipais decidissem por restrições ou não. Até então, eram 9 mil pacientes com teste positivo para Covid-19, incluindo 143 mortes. Atualmente, são 47,9 mil diagnosticados e 569 óbitos.

“Não é omissão do estado e nem do governador, que cada um assuma a responsabilidade que é devida pelo cargo, pelo múnus público que resolveu assumir. Assim como eu assumi aqui enquanto governador, medida dura, inacreditável para muitos, nós entendemos que agora é a vez de os municípios, se não sozinhos, de forma regional, tomar as decisões e não ter medo de tomar essas decisões”, declarou.
Moisés, que nesta semana anunciou estar curado da Covid-19, disse que a regionalização no enfrentamento à pandemia era um desejo das próprias administrações municipais, após a decretação da quarentena em Santa Catarina em março, e que em algumas partes do estado era possível que algumas restrições fossem revistas.

“Os municípios estavam reclamando que a mão do estado era dura e genérica para todo o estado. Em algumas regiões, era possível sim, tinham municípios que não tinham caso confirmado, onde a vida pudesse ser normalizada, e tão logo chegassem os casos, que houvesse medidas restritivas. Então, combinamos com todos que essas medidas, tanto de flexibilização quanto de restrição passariam então a ser gerenciadas de forma regional. E foi com essa proposta também que fizemos nova regra, novo decreto, regulamentamos e disponibilizamos ferramentas, e a gente começou a rodar”, disse.

Sobre a adoção do uso de medicamentos ainda sem eficácia comprovada para tratamento para o novo coronavírus, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, Moisés recomenda cautela e diz que é preciso que os remédios sejam receitados.

Sobre as ações tomadas pelos municípios para diminuir o contágio do novo coronavírus, o governador afirmou que consegue enxergar medidas positivas, ainda que os casos de Covid-19 no estado tenham aumentado significativamente. No total, o estado tem sete regiões em nível gravíssimo por causa da Covid-19.

“Prefiro olhar pelo lado cheio do copo. O que a gente viu esta semana foi algumas regiões já tomando decisões, se reunindo. Às vezes não há adesão total numa região, mas as principais regiões aderindo, em especial as mais populosas, os municípios mais populosos, aderindo então a um fechamento, a uma restrição de algumas atividades por achatamento dessa curva, para manejar a composição da disponibilidade de leito de UTI e atividades de preservação da economia, de emprego etc., e a saúde das pessoas”, declarou.

UTIs
Sobre a disponibilidade de leitos de terapia intensiva (UTI) para tratamento de paciente com o novo coronavírus, Moisés disse que devem ser entregues novos respiradores para a população, mas que isso não deve ser considerado um fator de “relaxamento da região”.

“O governo federal está disponibilizando 240 novos monitores, temos aí então mais de 240 respiradores que vamos entregar e isso pode ser colocado à disposição para montar as UTIs nas regiões onde houver maior demanda. Só que isso não pode servir de estímulo de relaxamento da região, como se fosse suprida, porque não é num estalar de dedos que a gente habilita leito de UTI. O leito de UTI tem que estar composto com os equipamentos necessários que o estado está disposto a entregar, ao mesmo tempo que precisa ter recursos humanos para tocar, e tem que remunerar esse leito de UTI. Então, há toda uma programação, inclusive que depende do Ministério da Saúde”, explicou.

Covid-9 e tratamento
Carlos Moisés disse que sentiu “bastante dor na parte central do peito” durante a tosse, que tinha medo de que a situação se agravasse. “Então já entra com antibiótico, com azitromicina, para as outras doenças oportunistas, e aí entra com as outras medicações também, dialogadas com médico”, relatou.

O governador do estado confirmou que usou hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento. “Até o remedinho pra piolho, como diz um amigo nosso [risos], a Ivermectina, que usei muito em animais, tanto na forma injetável como em comprimidos, que é usado para pessoas também. É um vermífugo, mas teria um efeito antiviral, da mesma forma que a hidroxicloroquina, que eu usei por quatro dias, ela teria um efeito antiviral também, para a Covid-19, para o coronavírus”, declarou.

Com informações G1 SC 

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