Com a pandemia de coronavírus (Covid-19) e as medidas de isolamento social, muitas mulheres vítimas de violência doméstica encontram dificuldades para denunciar os agressores. Por isso, surgiu a campanha Sinal Vermelho para Violência, que estabelece que vítimas de agressão podem fazer a denúncia em farmácias e drogarias.
A campanha foi idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e entrou em vigor na última quarta-feira (10/6). Nos estabelecimentos que realizarem o cadastro, as vítimas farão um X com batom vermelho – ou com qualquer outro material – na palma da mão ou num pedaço de papel e mostrarão ao atendente, que acionará a Polícia Militar (PM).
As farmácias e drogarias cadastradas receberão orientações através de cartilhas. O atendente que conversar com a vítima deve anotar nome, endereço e telefone da solicitante e informar aos policiais, que irão até a residência da mulher. Caso haja Rede Catarina no município, a vítima também será incluída nas rondas realizadas através do programa.
A desembargadora Salete Silva Sommariva, da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Poder Judiciário de Santa Catarina, explica que a iniciativa partiu de experiências na França, Espanha e Índia e foi concebida por um Grupo de Trabalho criado pelo Conselho Nacional de Justiça. “O objetivo da campanha é oferecer um canal silencioso de denúncia à vítima. Nós queremos ampliar, cada vez mais, as possibilidades de denúncia e fortalecer, na sociedade como um todo, a certeza de que estes crimes não vão ficar impunes”, afirma.
Como aderir
Qualquer estabelecimento pode participar da campanha, basta entrar em contato com a Cevid pelo do e-mail [email protected] ou por telefone 3287-2636 para assinar o termo de adesão. Assim que assinado o termo é feita a remessa do material de capacitação e treinamento. Mais informações no site da campanha.