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SC teve 530 mil demissões durante a pandemia, aponta pesquisa da Fiesc

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Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Federação das Indústrias (FIiesc) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio) apontou que em Santa Catarina cerca de 530 mil pessoas perderam emprego desde o início da crise provocada pela pandemia da Covid-19. O estudo, divulgado terça-feira (12), analisou a situação dos pequenos negócios e das médias e grandes empresas no estado. Outras duas edições foram realizadas nos meses de março e abril.

Entre os entrevistados, 41,4% afirmaram terem demitido desde o início da crise. Segundo a federação, o índice percentual era de 34,45% na medição anterior. As ações previstas na Medida Provisória 936/20, editada pelo governo federal durante a pandemia, também foram abordadas.

Conforme a Fiesc, cerca de 408 mil catarinenses estão em regime de suspensão do contrato de trabalho, adotada por 24,7% das empresas catarinenses, e 462 mil tiveram a sua jornada de trabalho e salário reduzidos, opção de 22% dos entrevistados.

A pesquisa ouviu 2.547 empresários, de todas as regiões de Santa Catarina, entre os dias 4 e 6 de maio.

Impactos por região

O impacto econômico da pandemia em cada região do estado também foi abordado pelo estudo. A maior quantidade de pessoas desempregadas estão no Norte, Foz do Itajaí e na Grande Florianópolis. No Norte do estado, 98.711 pessoas perderam o emprego e 43,3% dos empresários ouvidos afirmaram terem feito demissões. A perda de faturamento da região chega a R$ 3,32 bilhões.

Na região da Foz do Itajaí, 89.412 pessoas ficaram desempregadas, e 42,1% dos empresários demitiram desde o início na crise. Em relação ao faturamento, a estimativa é que a perda total é de R$ 1,87 bilhão. No Vale do Itajaí, 72.310 pessoas perderam emprego, e 44% dos empresários afirmaram ter feito demissões no período. Em relação ao faturamento, a perda estimada é de R$ 2,97 bilhões.

Nesta edição, o número total de pessoas que perderam o emprego na Grande Florianópolis é de 96.278, e 36,9% dos entrevistados da região afirmaram terem demitido ao menos dois funcionários no último mês. A perda de faturamento é estimada é R$ 2,67 bilhões.

No Oeste do estado, 81.869 pessoas já perderam o emprego na região. Cerca de 33,4% dos empresários afirmaram terem feito demissões, e a perda do faturamento estimada na região é de R$ 2.59 bilhões.

No Sul catarinense, cerca de 44,7% dos entrevistados afirmaram terem feito demissões desde o início da crise, resultando em 68.481 desempregados. Em relação ao faturamento das empresas, a estimativa, de acordo com a pesquisa, é que a perda seja de R$ 2.19 bilhões na região.

Na Serra catarinense, foram 23.203 pessoas demitidas, e 36,3% dos entrevistados afirmaram terem demitido no período. A perda de faturamento estimada na região é R$ 580 milhões.

Crédito
Para se manterem ativas, muitas empresas têm buscado crédito. De acordo com a pesquisa, desde o início da crise, essa opção foi escolhida por 49,2% dos empresários, mas somente três em cada dez tiveram acesso.

Entre aqueles que não tiveram crédito, 34,2% alegaram juros altos, 31,1% falta de linhas para o seu perfil empresarial, 29,9% falta de garantia e 9,6% falta de avalista.

Veja outros dados da pesquisa
Cerca de 86,7% das empresas do estado estão em atividade após o relaxamento das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço da transmissão de Covid-19;

  • 41,7% estão com redução na produção;
  • Em 22% houve mudança no funcionamento;
  • 12,4% ainda aguardam a liberação;
  • 0,9% fecharam as portas e não voltam a funcionar;
  • 91,3% dos entrevistados apontam queda nas vendas internas, o índice é de 73,9% entre os que exportam;
  • 20% das empresas do setor de serviços estão temporariamente fechadas e 1,2% não devem mais abrir as portas;
  • 92% dos estabelecimentos comerciais estão mantendo algum nível de atividade e 35,1% dessas empresas reduziram o quadro de funcionários;
  • Queda no volume de vendas é de 73,6% no serviços e 65,2% no comércio;
  • 70% das empresas devem levar de seis meses a dois anos para se recuperar.

Com informações G1 SC 

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