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Mulher trans é encontrada morta dentro de porta-malas em motel, em SC

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Uma mulher transgênero foi assassinada em um motel no Campeche, em Florianópolis. Samantha do Valle, de 20 anos, foi morta por um cliente após um programa dentro do estabelecimento no Sul da Ilha.

O homicídio ocorreu no dia 6 de fevereiro, mas só foi divulgado nesta sexta-feira (21), após a diretora da Polícia Civil na Grande Florianópolis, Eliane Chaves, comentar o caso à reportagem do nd+.

Um amigo de Samantha que mora em São Paulo chegou a fazer um boletim de ocorrência pelo desaparecimento da jovem. A família só soube da morte quatro dias após o corpo ser localizado.

Samanta foi encontrada pela polícia dentro do porta-malas do carro do cliente, um homem de 31 anos que não teve a identidade divulgada.

A Polícia Civil foi acionada. Conforme Eliane, o homem foi preso em flagrante e disse apenas que era cliente de Samantha. O caso é tratado como feminicídio.

“Ao que tudo indica, ela estava se prostituindo. Ele não explicou o motivo da morte. Ficou em silêncio”, disse a diretora.

Após o flagrante, a prisão foi convertida em preventiva. O autor segue detido e deverá responder o processo em regime fechado.

Desaparecimento

Martins dos Santos, amigo de Samantha que mora em São Paulo, chegou a fazer um boletim de ocorrência no Estado para tentar encontrar a garota. Segundo ele, os dois se falavam quase todos os dias, mas havia um dia que ambos haviam perdido o contato.

“Eu não consegui mais falar com ela e fiz um boletim no dia 8. Tomei conhecimento de que ela havia sido assassinada só à tarde. Até então estava desaparecida para mim”, contou.

Boletim da PM afirmou que vítima era homem

Apesar de não ter atendido a ocorrência, todo caso de assassinato é repassado à PM para a troca de informações entre as duas corporações. Os dados da Polícia Militar indicavam que a vítima era homem. O relatório da PMSC, enviado à imprensa no dia 8 de fevereiro, dizia que “a vítima, um homem de 20 anos, foi encontrada já sem vida no porta-malas”.

Mesmo com o suspeito preso, a Delegacia de Homicídios continua investigando o caso. Procurado pela reportagem nesta manhã, o delegado Enio de Matos não quis comentar sobre as diligências.

O IGP (Instituto Geral de Perícias) também foi questionado sobre o caso, mas até a última atualização desta matéria a assessoria de imprensa do órgão não repassou nenhuma informação.

Um tio de Samantha, que pediu para não ter o nome revelado, afirmou que a jovem tinha o nome social constado nos documentos de identidade. O atestado de óbito também informou o gênero errado da vítima. A família pretende entrar na Justiça para modificar o documento que atestou a morte da garota.

“Vou ingressar na justiça para mudar o nome [no documento]. Se ela tem nome social, tinha que estar nos documentos. É a lei. Não vai trazer a vida de Samanta de volta, mas a gente quer evitar que outras mulheres trans e outros seres humanos sejam vitimas desses casos brutais”, disse o homem.

Com informações ND Online 

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