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Surto de Coronavírus pode abrir mercado em SC, mas aumento do dólar preocupa, diz vice-presidente da Fiesc

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O mundo está todo atendo a todos os desdobramentos do surto de Coronavírus. Muitos países já estão tomando algumas medidas contra a China, epicentro do surto. O comércio exterior da China está bastante afetado. Com isso, outros países, concorrentes da China em determinado setor, pode ter um mercado aberto.

Exemplo disso e o setor madeireiro, principal economia de Caçador, e têxtil, em Santa Catarina. Segundo o vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Gilberto Seleme, com o fechamento do comércio entre China e muitos países, um dos países que abre o mercado é o Brasil.

Para Seleme, a China é o grande concorrente do Brasil no setor da madeira e têxtil, por oferecer um produto mais barato. De contra partida, a China é a grande cliente do Brasil no setor de aves e suínos.

“Ainda não podemos dar uma precisão na economia, pois agora que as medidas contra os produtos chineses estão sendo tomadas. Quanto a procura do produto brasileiro ainda estamos no inteirando. Mas já temos a certeza que o Brasil terá que abastecer muitos países que cortaram temporariamente a compra da China”, explicou.

Outro fator que pode influenciar na economia é a alta do dólar. Como não é uma alta permanente, na próxima semana, ou meses, quem compra produtos cotados em dólar sentirão a diferença.

“Quem tem produto em estoque para exportação, ainda não será atingido. Mas a alta do dólar faz os produtos que acompanham a cotação do dólar aumentarem, exemplo disso derivados de petroquímico, como tintas, colas e insumos. Quando o valor do dólar cair, esses produtos não voltam ao preço anterior, gerando um custo maior para o empresário”, explicou Seleme.

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