A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), de Caçador, conta com um novo delegado. Cassiano Tiburski, está em Caçador há pouco mais de uma semana e ainda está se adaptando ao novo local de trabalho.
Delegado há pouco mais de três anos, Cassiano atuou nas delegacias de São Bento do Sul, Mafra e Itaiópolis.
Sobre vir para Caçador, ele comentou que mudanças sempre são desafios, e em Caçador também o será, em especial pelo fato de o município ser maior, bem como em razão de os índices de criminalidade serem relativamente maiores. “Em outras cidades que atuei, os números de violência não eram baixos, mas em Caçador, em algumas especies de crimes, são bastante elevados, como os de violência contra a mulher por exemplo”, disse.
Sobre assumir a DPCAMI, não é a primeira experiência nessa área, mas sempre é um desafio. Para ele, “a DPCAMI atua dentro do “ciclo da violência familiar”, como um órgão responsável por quebrar este ciclo, de forma especializada. Por isso, tem a responsabilidade de prestar um atendimento diferenciado.
“Os casos de violência doméstica são inúmeros, mas o que mais me preocupa são aquelas vítimas que sofrem caladas e não pedem socorro em momento algum. Mas existem aqueles casos de mulheres que procuram a delegacia com fins escusos, como para tentar se vingar do marido por algum motivo, exemplo, uma traição. Casos como este, acaba tomando nosso tempo, em detrimento de casos realmente graves”, disse.
*O delegado explica que é difícil diferenciar o que se enquadra na Lei Maria da Penha daquilo que se trata apenas de violência doméstica. *
“Maria da Penha é quando a vítima é mulher, e o autor homem, mas necessariamente deve ser em contexto familiar, doméstico ou em relação intima de afeto (como namorados por exemplo). Já violência doméstica, são agressões entre irmãos, pais e filhos, casais homossexuais e dentre outros”, não sendo necessariamente a vítima do sexo feminino.”