O vereador Marcio JF, do MDB, que foi preso há um ano, continua sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). A Operação Emergência, que foi desencadeada em Caçador e em cidades da região, em agosto de 2018, apura a prática dos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsidade de atestado médico, fraude em licitação, entre outros crimes e atos de improbidade administrativa.
Na prática, Marcio JF é acusado de integrar uma organização criminosa que enviava pacientes, teoricamente seus eleitores ou pessoas que poderiam vir a ser, fingindo necessitar de atendimento de emergência para que recebessem atendimento como urgência hospitalar, burlando as centenas de pessoas que aguardam procedimentos cirúrgicos nas listas de espera do SUS.
Entre as práticas criminosas adotadas para agilizar e desrespeitar a ordem de atendimento estava a inserção de dados falsos no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) pelos profissionais de saúde, que registravam um procedimento eletivo como “emergência”.
Na época, Marcio JF ficou preso por 5 dias, no Presídio de Caçador. Depois que saiu, nunca deu explicações concisas a respeito da situação.
Recentemente, o vereador, que foi preso, voltou a dar a entender que queria que a fila do SUS fosse “furada”, tentando passar na frente uma paciente que estava internada no hospital Maicé.
Caso seja condenado, JF pode ser preso novamente.
O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria Estadual da Fazenda.