Nesta segunda-feira, 22, completa sete anos da morte de Giorgi Luy Burlin, que foi assassinado em Matos Costa, 2012. Durante todo esse tempo, o que tem de concreto sobre o caso é o assassinato. Ninguém foi preso. A Polícia Civil de Porto União chegou a investigar o caso, porém o inquérito foi arquivado.
A família, ainda aguarda justiça, por mais que já tardou e falhou. Para o irmão, Lucas Alan Burlin, só resta a saudade e a esperança de que algum dia, a pessoa que cometeu o crime pague pelo que fez.
A polícia na época chegou a indicar suspeitos do crime, porém pouca coisa foi feita e nenhum vestígio ou indício de autoria foi encontrado.
“Até hoje ninguém foi preso e ninguém fala mais no assunto. A polícia alega que não foi achada a arma do crime e que sem a isso, nada pode ser feito. Para a família, isso é um descaso, pois em uma cidade com três mil habitantes é impossível que não consigam descobrir quem matou meu irmão”, desabafou.
A família acredita em crime passional ,tese que também teria sido levantada pela Polícia. “ Não sabemos quem foi, mas acreditamos que o envolvimento do meu irmão com esse rapaz tenha sido o motivo do crime. Apesar disso, não há nada concreto e continuamos sem nenhuma resposta”, lamentou.
Sobre o caso
Giorgi era empresário em Caçador. Ele era homossexual e na época do crime tinha uma união estável de dois anos com um rapaz que na época era secretário de saúde, em Matos Costa.
No dia do crime, esse rapaz trabalharia em um evento da festa do município e Giorgi o acompanhou até lá, para fazer uma trilha. Eles desceram no mesmo ponto e combinaram de se encontrar naquele local no final da tarde para voltarem.
No horário combinado, Giorgi não estava no ponto e o rapaz retornou a Caçador e acionou a Polícia, suspeitando de que algo poderia ter acontecido. O crime aconteceu por volta do meio dia e o corpo só foi encontrado na manhã seguinte.
Giorgi havia saído com uma câmera fotográfica e celular. Nada foi levado, o que derruba a hipótese de latrocínio. O local onde ele foi encontrado é distante de onde levou os tiros. Isso levou a polícia a acreditar que Giorgi ainda tentou buscar ajuda, mas não resistiu.