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Caso Amélia: Nerizinho é condenado a mais de 18 anos

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O ex-vereador de Calmon, Cloreni de Almeida, o Nerizinho, foi considerado mandante do crime que ceifou a vida de Amélia Bertotto, na Linha São João de Cima, no ano de 2012. Ele foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime inicialmente fechado. Ele conseguiu o direito de recorrer da sentença em liberdade. O segundo réu, o policial militar da reserva, Valdecir Budal, foi absolvido.

Os dois réus foram submetidos a júri popular nesta terça-feira, 26, no Fórum da Comarca de Caçador. A sessão do júri foi presidida pelo juiz Gilberto Killian dos Anjos. A acusação foi feita pela promotora Luciana Leal Musa. Já a defesa dos dois ficou a cargo do advogado Claudio Gastão Filho.

A promotoria pedia a condenação total de Cloreni, pois entendia que ele teria sido o mandante do crime. Para a promotora, não resta dúvidas que o crime foi cometido com o pedido do ex-vereador, qual pagaria pelo serviço.

“Foi um júri bastante tranquilo, os jurados acataram todas as teses da acusação. Quanto a pena, ficou dentro do que esperávamos, pois trata-se de um crime bastante grave e que comoveu toda a comunidade”, afirmou.

Quando ao policial militar, a própria acusação pedia a sua absolvição, uma vez que não tinha elementos o suficiente que comprovassem a participação no crime.

A defesa disse que as alegações da acusação são infundadas e inverídicas. Disse ainda que o crime, cometido apenas por Edinei Cristiano Vieira e José de Melo Alves, já condenados pelo crime, e que foi latrocínio, roubo seguido de morte, e não homicídio como foi julgado.

Gastão rebateu no primeiro júri e afirmou que a confissão de Edinei foi um negócio, para que pudesse pegar uma pena mais leve.

Quanto ao Cloreni, Gastão relatou que no processo não havia nada que envolvesse o ex-vereador a não ser o depoimento de um criminoso com problemas mentais condenado.

Cloreni foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo torpe. Após o julgamento, ele foi liberado para recorrer da sentença em liberdade.

A promotora relatou ainda que esse júri vem para dar uma resposta a família que aguarda há quase sete anos por justiça de um crime bárbaro.

 

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