O mercado de trabalho para engenheiros eletricistas está em alta também quando o assunto são energias renováveis. Um estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), mostra que o Brasil já é o segundo país que mais cria vagas relacionadas à energia limpa, empregando 894 mil pessoas. A Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA) afirma que a Europa, por exemplo, tem uma carência anual de 7 mil profissionais qualificados para atender a demanda da atividade, um número que pode subir para mais de 15 mil ao ano, até 2030, se o total de graduados fazendo cursos relevantes para a indústria não crescer.
Dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) reforçam que a energia eólica no Brasil, diferentemente de outros setores da economia brasileira, está em crescimento. Ao ano, o setor eólico cresce 2,3 mil megawatts. Assim, essa dificuldade de encontrar mão de obra qualificada é uma exclusividade desta área. Essa necessidade de mão de obra se deve ao acelerado crescimento. Já que a cada megawatt instalado são criados 15 postos de trabalho. E para se mensurar cada nova torre gera três megawatts, o que representa 45 postos de trabalho. Assim, até 2020 serão 280 mil profissionais de cadeia de produção, desde a fabricação de equipamentos até a operação e manutenção dos parques. Fonte:http://abeeolica.org.br/
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A profissão
O engenheiro eletricista pode atuar como projetista, executor de soluções para redução de consumo, executor de medidas de proteção, ou de diversas outras formas.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), hoje o setor industrial é o que mais consome energia elétrica no Brasil. Como a indústria não pode parar, ela exige energia de qualidade e os engenheiros têm uma importante tarefa no desenvolvimento de projetos elétricos.
O Brasil é o país onde mais cai raios no mundo e o local onde ocorrem mais mortes, e até isso tem colaborado com o mercado dos engenheiros eletricistas. Cresceu consideravelmente a quantidade de escritórios especializados em proteção de descargas elétricas e os profissionais executam as medidas de proteção expostas na Norma Brasileira de Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas (NBR 5419).
O engenheiro eletricista também pode trabalhar com estudos de viabilidade econômica em projetos do setor de energia ou realizando análises de indicadores, em um momento tão promissor para o país na oferta de energia elétrica, inclusive renovável. De acordo com o Boletim Mensal de Energia, a oferta interna de energia elétrica – subconjunto da matriz energética – a proporção das renováveis será bem mais significativa este ano, com previsão de chegar a 83,3%. No mundo este indicador é de apenas 24,1%.
O desempenho ocorre em razão do bom desempenho da energia eólica e reflete as transformações ocorridas no setor energético nacional, que tem incentivado tanto o crescimento dessas fontes quanto a diversificação da matriz nos últimos anos.
A redução da fonte hídrica está sendo compensada por bons desempenhos de outras fontes renováveis, como a eólica e a biomassa. A eólica deverá passar de uma proporção de 5,3% para 6,5%, e a biomassa, de 8,8% para 9,0%, de 2016 para 2017. O boletim é elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e acompanha um conjunto de variáveis energéticas e não energéticas capazes de permitir razoável estimativa do comportamento mensal e acumulado da demanda total de energia do Brasil.
Expansão do setor de energia
Há boas perspectivas de emprego no mercado de trabalho em Engenharia Elétrica. O Governo Federal tem planos de expandir o setor de energia em todo o Brasil, o que deve aumentar a procura por engenheiros eletricistas. Serão investidos cerca de 1,4 trilhões de reais, para ampliar em 55% a capacidade de produção de energia elétrica no Brasil.
No setor privado, a televisão com sinal digital gerou demanda pelo engenheiro eletricista, assim como a popularização da internet 4G. Esse profissional foi, e ainda é, necessário para melhorar a transmissão de dados em empresas de telecomunicações, com o objetivo de atender cada vez mais pessoas.
Fontes alternativas de energia, como a eólica e a biomassa, também estão crescendo no país, principalmente devido à falta de chuvas para abastecer hidrelétricas. Assim, se expande o mercado de trabalho em Engenharia Elétrica.
Engenharia Elétrica na prática
O engenheiro eletricista trabalha com vínculo empregatício ou como autônomo, normalmente em equipes com supervisão ocasional.
É requisitado em diversas áreas. Na indústria, atua na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e eletrônicos e de equipamentos de telecomunicação.
Já no setor de prestação de serviços, é encontrado na construção civil, em empresas de manutenção e em companhias de geração e distribuição de energia elétrica, água e gás.
Algumas atividades podem submeter este profissional a condições especiais de trabalho, como: grandes alturas, altas temperaturas, ruído intenso e exposição a material tóxico, radiação ou alta tensão.
Formação e experiência exigidas pelo mercado
Para exercer a função de engenheiro eletricista é exigido curso superior completo em uma das seguintes áreas de Engenharia: Elétrica, Eletrônica ou de Telecomunicações.
É obrigatório, também, registro profissional junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
Atuação em diferentes áreas
Construção Civil – Atua na projeção dos circuitos elétricos necessários para a construções ou reformas e define os materiais a serem utilizados. Elabora plantas de indústrias de geração de energia.
Automação – Planeja e desenvolve estruturas de automação elétrica para indústrias. Faz adaptações na planta elétrica de edifícios para comportarem sistemas automatizados.
Fornecimento de Energia Elétrica – Atua na criação de hidrelétricas, usinas eólicas e solares. Define o dimensionamento de turbinas e contribui em sistemas de armazenamento e redes de transmissão.
Telecomunicações – Atua na construção de sistemas de telefonia e de transmissão de dados. Contribui no processo de fabricação de aparelhos de telefonia.
Eletroeletrônica – Participa do desenvolvimento de sistemas e componenetes eletrônicos. Cria placas eletrônicas que garantem o funcionamento de vários equipamentos de uso doméstico ou industrial.
Fonte: https://www.guiadacarreira.com.br/guia-das-profissoes/engenharia-eletrica/