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Moro diz que não há ‘movimento’ para flexibilizar porte de armas

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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta terça-feira (15) em entrevista à GloboNews que não há “movimento” na pasta para a flexibilização do porte de armas no país.

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para facilitar a posse de armas. O direito à posse é a autorização para manter uma arma em casa ou no local de trabalho (desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento). Para andar com a arma na rua, é preciso ter direito ao porte, cujas regras são mais rigorosas e não foram tratadas no decreto.

Questionado sobre o que o governo pretende fazer em relação ao porte de armas, Moro respondeu:
“Eu confesso que fiquei concentrado sobre os aspectos de posse e não existe dentro da minha pasta nenhum movimento nesse sentido, envolvendo a questão do porte de armas. É uma situação diferente e, se houver alguma proposição nesse sentido, tem que ser muito bem estudada. Este é um tema muito delicado”, declarou Moro.
Na avaliação do ministro da Justiça, o decreto assinado pelo presidente Bolsonaro é “ponderado” e “moderado” e, mesmo facilitando a posse de armas, prevê uma “flexibilização limitada” das regras.

Sérgio Moro afirmou, ainda, que a decisão do governo de flexibilizar a posse respeita quem quer ter uma arma em casa para se sentir mais seguro e também quem não quer, porque “ninguém é obrigado” a ter uma arma a partir de agora.

“Tem gente que não quer ter arma em casa, perfeito. Ninguém é obrigado a ter uma arma em casa, mas [o decreto] respeita a opinião daquelas pessoas, num tema controvertido, que entendem que, com isso, elas se sentem mais seguras, têm a possibilidade de, eventualmente, reagir numa circunstância extrema”, afirmou.

Outros temas

Moro também tratou dos seguintes temas na entrevista: o caso Fabrício Queiroz (ex-assessor de Flávio Bolsonaro que fez movimentações financeiras atípicas), a prisão do ex-presidente Lula, a admissão de caixa 2 feita pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o saudosismo da ditadura, o combate a casos de feminicídio, as investigações sobre a morte de Marielle Franco, os ataques no Ceará e os decretos de indulto.

Com informações G1

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