Um médico de 56 anos de idade foi indiciado por homicídio após a morte de um bebê de apenas cinco meses em Chapecó. O caso era investigado há vários meses pela Polícia Civil do município. O homem é acusado de provocar a morte da criança devido a um atendimento negligente.
Segundo a Polícia Civil, que concluiu o inquérito no dia 3 de janeiro, após desconfiar de que o filho poderia ter sido levado a óbito em razão de um erro médico, os pais da criança procuraram as autoridades para relatar o caso. Um inquérito policial foi instaurado logo em seguida.
Durante as investigações, a polícia aponta ter esbarrado em diversas barreiras. “O caso envolve conhecimentos sobre medicina e demandou apoio do hospital onde ocorreu o fato, que se negou a fornecer o prontuário médico da criança, obrigando a autoridade policial a acionar o poder Judiciário e Ministério Público, dificultando a colheita de provas e o andamento das diligências”, declarou a Polícia Civil em uma nota à imprensa.
As autoridades ouviram várias pessoas, entre profissionais da saúde que atenderam a vítima e pacientes. Também fizeram pesquisas sobre medicamentos e perícias durante o curso das investigações.
“Após formalizadas as diligências, chegou-se à conclusão de que não se tratava exatamente de um erro médico, mas sim de um descaso reiterado do médico que atendeu o bebê, que acabou por provocar uma tragédia”, ressaltou a Polícia Civil.
As autoridades ainda concluíram que “o médico atuava com total descaso no atendimento dos pacientes”, ressaltando a sorte de não terem sido registradas outras vítimas.
O inquérito concluiu que o profissional atendeu de forma negligente a criança, receitando medicamento sem atentar para o histórico de intervenções feitas pela mãe e comunicadas pela equipe de enfermagem no prontuário da vítima. “Tal fato acabou resultando na morte do bebê em virtude de superdosagem de um antitérmico”, ressaltou a Polícia Civil, indiciando o médico por homicídio doloso e encaminhando o caso para o Fórum de Chapecó.
Com informações Oeste Mais