A logomarca dos Jogos Abertos de Santa Catarina, que em 2018 acontecem em Caçador em setembro, foi lançada oficialmente nesta quinta-feira, 22. A etapa estadual dos JASC tem a promoção do Governo do Estado, por intermédio da Fesporte, em parceria com a Prefeitura de Caçador.
“Queremos, em setembro, realizar os maiores Jogos Abertos de todos os tempos, envolvendo a comunidade caçadorense e recepcionando com muita alegria os atletas e dirigentes de Santa Catarina. Temos a certeza de que quando estamos investindo no esporte proporcionamos qualidade de vida para os cidadãos”, destacou o prefeito Saulo Sperotto.
A logomarca dos JASC é uma criação do designer da Prefeitura, Rodrigo Alves de Morais, e simbolizam as linhas que fizeram a história de crescimento de Caçador: o rio e a ferrovia.
Com as cores azul, verde, amarelo e vermelho, a marca explora as diferentes características do município fundado em março de 1934. Entre os detalhes, estão o Rio do Peixe, que corta a cidade, e também as batalhas que derramaram sangue pela terra catarinense.
“São conceitos fortes, a linha férrea e o Rio do Peixe. São duas linhas paralelas que cruzam a cidade de ponta a ponta. Essas linhas são a base da marca, pois conecta as pessoas e a cidade. É um ponto muito forte que aproveitamos para simbolizar na marca”, disse o designer.
Desde a sua primeira edição, em 1960, na cidade de Brusque, os Jogos Abertos contam com um logotipo específico para cada sede.
“Os Jasc são o maior evento esportivo de rendimento de Santa Catarina. Com o projeto que iniciamos em 2017 visando ao resgate da visibilidade da competição, conseguimos promover uma maior aproximação entre o público os jogos. Essa conquista, contudo, requer que se mantenha a qualidade do material visual referente aos JASC, a começar pelo logotipo da edição, que expressa um conceito esportivo e moderno”, disse o presidente da Fesporte, Erivaldo Caetano Jr, o Vadinho.
“Os JASC movimentam a economia dos municípios, trazem recursos para investimentos na área esportiva. Além disso, investir no esporte é investir na segurança, já que a juventude estará praticando uma atividade em esportiva vez de estar no mundo do crime e é investir também em saúde, pois, a cada R$ 1,00 investido no esporte são R$ 3,00 a menos que serão necessários para a saúde”, completou o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Leonel Pavan.
Confira a explicação da logomarca dos JASC
Linhas…
Linhas fazem parte das nossas vidas, fazem parte do nosso dia, e dos nossos pensamentos.
Linhas de raciocino, linhas de trabalho, linhas de indicação, linhas de vida, linhas de partida e de chegada… As linhas fluem por toda a cidade, às vezes marcantes as vezes tímidas, mas nunca ignoradas. Conectando a cidade numa grande rede viva e cheia de memórias. As linhas mais essenciais da cidade de caçador tem sua importância tão monumental quanto é também seu antagonismo. Uma é majestosamente natural, outra é esplendidamente construída, a décadas caminhando inseparáveis. O Rio e a ferrovia.
Rio e ferrovia cortam a cidade e constituem-se numa historia de crescimento, riqueza e também conflito. Cada qual com sua importância incontestável. Estas linhas serviram de inspiração simbólica para a construção da marca para os Jogos abertos de Caçador. Na Tagline “58 Jogos Abertos de Santa Catarina” emoldurada por duas linhas retas e sólidas rememorando as linhas da ferroviária que resistem até hoje e permanecem como um marco histórico para todos nós. Acima linhas fluidas orgânicas e assimétricas, evocam a simbologia do rio e da linha férrea, contornando as faces de uma tipografia estilizada.
Assim como o aço planejado e a naturalidade da água, contornam seus obstáculo, as linhas da marca criam uma forma ininterrupta onde se pode ler a sigla “Jasc” quando vislumbrada em sua vista frontal. Há apenas uma ligação fugindo propositalmente desta fluidez característica da marca, na conexão entre a trave que finaliza a letra “A” e o vértice da letra “J”. Esta ligação proposital tem a intenção de relembrar aos atletas que no esporte assim como em todos os aspectos da vida, busca-se a cada dia a evolução e superação, mas aceitando humildemente a ideia de que nada é perfeito. Finalizando também o conceito de que não importa o quão longe se chegue, ou quão importante se torne uma história, tudo que tem um começo, inevitavelmente tem um fim, e por isso o presente é um momento único e valioso. O ultimo detalhe gráfico na conexão entre a letra “C” e o numeral “2”é um arcano sutil, uma singela homenagem aos atletas por sua dedicação ao esporte que amam.
As cores trazem consigo a sequência histórica da cidade, que iniciou seu desenvolvimento a partir do verde das arvores, entre outras espécies, sua tão emblemática araucária, que trouxeram o amarelo dourado no fogo vivo que movia a locomotiva Baldwin, nas riquezas não apenas econômicas, mas também representadas através das pessoas. As pessoas são a nossa maior riqueza, nosso mais valioso legado e por quem devemos entregar toda nossa dedicação e esforço. Mas as mesmas pessoas também trazem consigo suas falhas e estas falhas levam ao conflito em vermelho. Nesse ponto lembramos de nossas imperfeições como seres humanos, nossa ganancia e a falta de dialogo que mancham nossa historia.
Mas o Vermelho carrega em si um tom de amarelo, um brilho de esperança, criando um vermelho alaranjado, símbolo da força e da coragem, do caboclo que lutou por sua terra, do homem ferroviário que lutou para desbravar o inexplorado, do imigrante que com coragem fixou sua vida aqui, longe de sua terra natal, mas sempre pronto a fazer crescer essas terras contestadas. Pessoas ligadas por tantas linhas. Linhas inquebráveis que transpõe o espaço e o tempo, mantendo viva a memória de tantas vitórias, para chegar aos dias de hoje, onde atletas vem para buscar com bravura as suas próprias conquistas, seu lugar na historia, e a chance de se tornarem…. Lendas.
“Desenho em minhas linhas um poema com inicio meio e fim”.
Não sou livre de defeitos como nada é.
Do ponto onde nasço ao lugar onde desapareço, me encontro em eterna luta pela evolução, e na humilde certeza que não há, não houve e nunca haverá, total perfeição. Apenas crescimento”, Rodrigo Alves de Morais.
Veja as entrevistas: