Na terça-feira, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entrou com uma representação no Ministério Público da Infância e Juventude do Estado do Rio de Janeiro para coibir a difusão de produtos culturais que façam apologia ao estupro, estimulem o consumo precoce de álcool e drogas e banalizem o corpo e as relações sexuais. O texto menciona produções musicais, editoriais e audiovisuais. Mas ataca mesmo cantores de funk que, recentemente, causaram polêmica pelo teor de suas letras e seus videoclipes, e pede a proibição de suas obras.
As faixas citadas — inclusive com a reprodução das letras — são Só Surubinha de Leve, do MC Diguinho, e Oh Novinha, do MC Don Juan. Outro funk que causou revolta na internet, em janeiro, foi Vai, Faz a Fila, de Mc Denny, que não foi lembrado no manifesto do SBP. Os versos diziam, sem filtros: “Vou socar na tua b***** sem parar. E, se você pedir pra mim parar, não vou parar. Porque você que resolveu vir pra base transar. Então vem cá, se você quer, você vai aguentar”.