A União Nacional LGTB de Caçador (UNA) foi tema da Tribuna Livre desta terça-feira (12), na Câmara Municipal. O presidente da entidade, Lucas Alan Burlin, fez apresentação dos trabalhos aos Vereadores e destacou os números alarmantes no país referentes a homicídios envolvendo o público LGBT.
Segundo ele, apesar de os avanços, o Brasil é o país que mais mata LBTs no mundo. De acordo com o balanço divulgado pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, mais de 130 mil casos de violações de direitos humanos denunciados em 2015, aproximadamente 70 mil foram contra este público. “Em 2016, tivemos o maior índice de mortes de LGBTs dos últimos 30 anos. Foram aproximadamente 343 assassinatos”, completa.
Lucas ressalta que o preconceito, somado às agressões físicas e emocionais, deixa marcas profundas nas pessoas. “A expectativa de vida dos travestis e das mulheres trans no Brasil, hoje, é de 35 anos, enquanto a média nacional, segundo o IBGE, é de 75 anos. De acordo com a Unicef, o risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 758% maior que nos Estados Unidos”, destacou Lucas, explicando dentre vários princípios da UNA LGBT, destaca-se o “solidarizar-se com luta de todos os movimentos sociais e populares que se colocam no campo progressista”.