O promotor do caso da filha, prima e ex-namorado acusados de matar Elenir Ribeiro teve fala diante do júri na tarde desta quinta-feira, 20. João Paulo de Andrade pediu a condenação dos três acusados por homicídio duplamente qualificado.
João Paulo iniciou sua fala dizendo que não é comum uma filha matar sua própria mãe. Segundo ele, Leandro Mateus, Valéria e Priscila queriam cometer o crime perfeito, o que quase foi alcançado. “Só não foi o crime perfeito por conta de uma gravação”, disse o promotor.
A gravação da qual ele se refere é a divulgada ainda no ano passado, onde Valéria e Mateus dão detalhes do crime. Clique aqui para ouvir. A gravação foi reproduzida durante o júri. Foi a partir da gravação, revelada por uma prima de Valéria e Priscila, que iniciaram as investigações.
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Além disso, no dia do crime Valéria ligou 18 vezes para Mateus, antes e depois do crime. “As ligações totalizaram aproximadamente 64 minutos”, disse.
Também foi mostrado o depoimento em que Priscila confirma que Mateus deu o remédio para que Valéria matasse a mãe.
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Segundo o promotor, Valéria planejou o crime uma semana antes de cometer. “Além disso Priscila disse em seu depoimento que Elenir agonizou a tarde toda até sua morte. Valéria também insistia para que Leandro Mateus dar o remédio para que ela cometesse o crime”, falou.
O promotor destacou em sua fala que teme e tem receio de Valéria solta. “Ela tem indicativos de mente criminosa. Se ela for absolvida saíra pela mesma porta que todos vocês entraram”, enalteceu o promotor.
Ainda em sua fala o promotor alegou que o crime teve soma de esforços para que acontecesse e que os três estão sendo julgados pois deram causa para isso.
Por fim o promotor pediu a condenação. “Diante da crueldade, de todas as provas e do contexto de indicativos me dirijo a vocês (júri) e peço a condenação dos três acusados pela práticas de homicídio duplamente qualificado”, encerrou.
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