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Em depoimento, Valéria afirma que deu 6 compridos de efedrina para a mãe

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Valéria Ribeiro da Silva, acusada de matar a mãe, Elenir Aparecida Ribeiro, iniciou seu depoimento há alguns minutos no Fórum da Comarca de Caçador. Em sua fala Valéria afirmou que deu 6 comprimidos de efedrina para a vítima.

Segundo Valéria no dia do crime ela e Mateus estavam separados. “Nós éramos noivos, mas havíamos terminado. Mesmo assim tinha contato diário com ele”, disse.

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Ela contou que usava Efedrina para emagrecimento. “Eu usava para emagrecer, foi o Leandro que me recomendou, mas ele não sabia que eu ia usar com ela. Eu peguei o medicamento em janeiro e fevereiro”, conta.

Segundo Valéria faziam 3 meses que cuidava direto da mãe, com a ajuda de Priscila. “Ela era muito agressiva então precisava de ajuda”, disse.

Envolvimento de Leandro e Priscila

Valéria disse que seu ex-namorado e a sua prima só souberam dos acontecimentos e do uso do medicamento após o crime. Ela ainda disse que Leandro nunca pediu para que matasse a mãe.

“A Priscila não sabia. Só comentei que dei o medicamento depois quando ela percebeu que eu não estava bem”, disse.

Ela ainda contou sobre o dia do crime. “Eu dei os comprimidos e fechei o quarto porque ela podia sair. Depois a Priscila me pediu porque estava nervosa e eu contei”, afirmou.

Depois disso Priscila teria ido até o quarto onde estava a vítima, mas segundo ela Elenir estava bem. Minutos depois fomos novamente e ela estava no chão. “Foi então que chamei os Bombeiros, mas quando chegaram ela já estava morta”, conta.

Valéria disse que só falou com o ex-namorado depois que a mãe já estava morta. “Ele me disse que eu não deveria ter feito aquilo”, diz.

Choro durante depoimento

Quando questionada sobre sua tentativa de suicídio, Valéria chorou diante do júri.

Ela contou que tinha medo da mãe e que visitou ela poucas vezes quando estava internada. “Ela era agressiva com todos. Não a chamava de mãe. Minha referência de pai e mãe eram meus avós”, disse.

Ela também afirmou que foi atestada como bipolar e algo parecido com esquizofrenia. “Eu tentei cuidar dela, mas era muito agressiva. Na época eu tomava o mesmo medicamento que ela usava”, conta.

Valéria disse que nos três meses em que cuidou da mãe precisava acordar às 6h, dava banho, comida, trocava fralda. “Muitas vezes ela tirava a fralda e passava fezes nas paredes e janelas. Tinha que ter cuidado 24 horas por dia”, conta.

Quando questionada se antes do crime já havia pensado em matar a mãe a jovem respondeu que sim e também pensado em cometer suicídio. “Outra vez tomei medicamento com bebida alcoólica e fui para no hospital. Tinha medo de ficar como ela. Quando dei os medicamentos para ela sabia que podia morrer, mas ao mesmo tempo não tinha certeza”, disse.

Ela ainda disse sentir por tudo que causou depois do crime. “Sinto muito pelo sofrimento do meu avô e por ter envolvido o Leandro e a Priscila em tudo isso”, contou.

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