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Vídeos no Tik Tok incriminaram moradora de SC por atos de 8 de janeiro

Dona Fátima no 8 de janeiro

A viralização de vídeos do 8 de janeiro no TikTok em que aparece Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, conhecida como “Dona Fátima”, além de fotos registradas por ela na invasão ao STF (Supremo Tribunal Federal), acabaram virando as principais provas da PF (Polícia Federal) para incriminar a idosa, moradora de Tubarão, no Sul do Estado.

As evidências reunidas no relatório da PF fizeram o ministro Alexandre de Moraes votar para tornar Fátima ré na ação penal que analisa a participação de acusados nos atos de 8 de janeiro.

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O julgamento ocorre até sexta-feira (18), quando os outros membros da Corte precisam decidir se a idosa e outros 69 acusados de vandalismo responderão criminalmente pela invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

No processo, a idosa argumentou que o órgão julgador responsável por analisar o caso dela não deveria ser o STF e considerou “inépcia a denúncia”.

Dona Fátima no 8 de janeiro
Dona Fátima no 8 de janeiro

As provas do 8 de janeiro contra Fátima

No relatório do voto baseado no relatório da PF, Moraes pontua que, apesar de a mulher ter ativado o recurso de mensagens temporárias no WhatsApp, o que acabou apagando o registro de mensagens na data, foram encontradas fotos do dia, tiradas por ela.

“Logrou-se localizar, na galeria de fotos e vídeos do aparelho, elementos que confirmam a presença da denunciada em Brasília/DF, nos dias 07/01/2023 e 08/01/2023 e permitem enquadrá-la como executara material dos atos”, diz um trecho do relatório da PF.

Além disso, fotos e vídeos de Fátima passaram a circular no Facebook e no Tiktok durante a invasão. Em um deles, ela chama os ministros para “guerra” e confessa ter sujado “todo o banheiro” do STF.

Foi com base nas imagens que viralizaram que a PF identificou Maria de Fátima.

“A identificação da denunciada ocorreu a partir de imagens dos atos do dia 8 de janeiro de 2023 divulgadas em redes sociais (Facebook e TikTok), cujos detalhados registros constam da Informação de Polícia Judiciária nº 13/2023 e do Relatório de Análise de Polícia Judiciária nº 002/2023-UIP/CCM/SR/SC”.

Segundo Moraes, as provas mostram que a “denunciada aderiu aos seus dolosos objetivos de auxiliar, provocar e insuflar o tumulto, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal”.

Leia mais: STF conclui julgamento e torna réus mais 200 denunciados por participar de atos de 8 de janeiro

 

 

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