A situação caótica que se encontra a Rodovia Municipal que liga o perímetro urbano do Município à comunidade do Rio Bugre foi tema de debate na sessão ordinária desta segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Caçador. O tema foi abordado em indicação apresentada pelos vereadores Amarildo Tessaro (PSDB) e Rubiano Schmitz (PSD), que solicitaram operação tapa-buracos em toda a extensão da via, além da poda de galhos e a retirada do mato às margens da mesma.
De acordo com Tessaro, o estado da Rodovia tem aumentado consideravelmente o risco de acidentes, uma vez que há buracos do início ao final da pavimentação. “A cada 50 metros observa o asfalto danificado. Não se pode esperar uma tragédia para se fazer os reparos necessários. Os responsáveis precisam tomar uma providência urgente”, frisou.
Um CD contendo 68 fotos do local acompanhará a indicação para o Executivo. Segundo o presidente Rubiano Schmitz as imagens representam a quantidade de buracos existentes. “Quanto mais tempo a manutenção for deixada de lado, pior ficará o asfalto, e daqui a dois ou três anos teremos estrada de chão novamente se assim permanecer”, disse.
Para o vereador Moacir D’Agostini (DEM) a situação também é resultado da falta de fiscalização por parte do Poder Público, diante do trânsito diário de caminhões carregados com peso superior ao permitido.
Cleony Figur (PSD) disse que recebeu a informação de que, via Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), teriam sido destinados este ano o valor de R$ 100 mil para a recuperação desta via. Lembrou ainda que na Lei das horas máquinas há a previsão de descontos para os agricultores que procedam roçadas e manutenção dos terrenos localizados a beira das estradas.
Contrapondo a informação de Cleony, Neri Vezaro (PMDB) afirmou que o montante de R$ 100 mil previsto para a operação tapa-buraco acabou sendo indeferido e que o Estado teria devolvido a rodovia ao Município. Ele destacou ainda que a pavimentação foi realizada através do Programa chamado “Caminhos do Campo” com uma base asfáltica diferenciada, por ser um trabalho experimental. “Em cima do cascalho foi colocado terra ao invés de pedras britas e isso afetou a qualidade da obra. No entanto, é importante destacar que acompanhamos toda a parte da drenagem e esta foi bem-feita”, disse.
Já Rubiano, completou falando que a limpeza às margens da Rodovia é de competência do Poder Público, baseando-se na área non aedificandi prevista na Lei do Zoneamento, que nas Rodovias Municipais é de 8 metros do eixo da pista e as Estradas Vicinais 7 metros do eixo.
Os vereadores Adriano Pares (PSDB) e Fically (PDT) também questionaram a qualidade da Obra. Fically lamentou que o asfalto, custando R$ 3,7 milhões aos cofres públicos, esteja nessa situação três anos após ser finalizado. “Inclusive, antes de ser inaugurado já estavam fazendo recapeamento”, completou.