Existem pelo menos cinco vacinas promissoras contra a Covid-19 sendo testadas. Até o momento, os preços por dose vão de R$ 16 a R$ 212, segundo estimativas. A eficácia varia entre 90% a 95%, de acordo com dados preliminares.
Na última terça-feira (24), a Rússia informou que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, tem eficácia entre 94% e 95%. Na segunda (23), a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, do Reino Unido, afirmaram que sua vacina contra o coronavírus tem eficácia de 90%.
Na corrida pelo imunizante que nos livrará da pandemia, há outras três candidatas que se destacam. A Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceira com o Instituto Butantan; a vacina da empresa de biotecnologia americana Moderna e o imunizante pesquisado pela americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech.
O ND+ fez uma comparação de eficácia, custos e datas previstas do início da vacinação no Brasil.
Nível de eficácia (alguns dados são preliminares)
- CoronaVac: ainda não divulgado
- Sputnik V: 94% a 95%
- Oxford/AstraZeneca: 90%
- Pfizer/BioNTech: 95%
- Moderna: 94,5 %
Custo estimado por dose
- CoronaVac: R$ 56
- Sputnik V: menos de US$ 10 (R$ 54)
- Oxford/AstraZeneca: entre US$ 3 (R$ 16) e US$ 4 (R$ 21)
- Pfizer/BioNTech: entre US$ 20 (R$ 106) e US$ 40 (R$ 212)
- Moderna: entre US$ 25 (R$ 132) e US$ 37 (R$ 196)
*Valores de cotação do dólar de 26 de novembro.
Datas previstas da vacinação no país
- Coronavac: janeiro de 2021 (vacina tem autorização emergencial na China)
- Sputnik V: primeiro semestre de 2021 (vacina tem autorização emergencial na Rússia)
- Oxford/AstraZeneca: janeiro de 2021
- Pfizer/BioNTech: sem previsão no Brasil (população de alto risco dos EUA recebe vacina em dezembro de 2020)
- Moderna: sem previsão no Brasil (primeiro trimestre de 2021 nos EUA)
Vacinas no Brasil
O governo federal fechou a compra e distribuição da vacina da Oxford/AstraZeneca. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve produzir 130 milhões de doses.
O laboratório União Química irá produzir a vacina russa no Brasil. O Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) assinou um acordo para conduzir testes clínicos de Fase III, assim como o governo da Bahia.
Em relação à Coronavac, o governo de São Paulo tem o compromisso de adquirir 46 milhões de doses. O Instituto Butantan está adaptando uma planta para produzir a vacina.
Já a vacina da americana Moderna será oferecida via consórcio Covax, do qual o Brasil é integrante, no entanto, uma negociação em separado deve ser realizada para adquirir as doses.
Não há acordo para a vacina pesquisada pela americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech.
Temperatura de armazenamento
A temperatura de armazenamento também é um fator importante para a compra das vacinas. O imunizante da Oxford/AstraZeneca, a vacina Sputnik V e Coronavac precisam ficar armazenadas entre 2°C e 8°C.
Já o armazenamento da Pfizer/BioNTech é na temperatura de -70°C. A Moderna fica também entre 2°C e 8°C, mas precisa de -20°C para permanecer em estoque.
Com informações ND Mais