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Vacina contra Covid-19: SC não tem plano próprio definido e irá seguir orientação do governo federal

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina não tem planos próprios para aplicar a vacina contra a Covid-19 na população. O governo catarinense afirmou, na segunda-feira (7), que planeja seguir o cronograma estabelecido pelo governo federal. No momento, a pasta prepara a logística, mapeia os locais de vacinação e estuda como irá refrigerar os imunizantes.

Signatária do Plano Nacional de Imunização (PNI), Santa Catarina aguarda o Ministério da Saúde definir quais vacinas serão disponibilizadas para a população. Essa escolha depende também da chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e prioridades para imunização no Brasil.

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“A Secretaria de Estado da Saúde já está preparando a logística com o redimensionando a rede de frios [algumas vacinas podem precisar de temperaturas de até menos 40 graus], mapeamento dos locais para vacinação [unidades básicas de saúde e salas de vacina] em parceria com municípios, além do reforço do treinamento das equipes de vacinadores”, informou o governo.

Enquanto isso, outras regiões do país e do mundo avançam na busca pela vacina. No Reino Unido, moradores começaram a receber doses nesta terça-feira (8). Já no Brasil, São Paulo e Espírito Santo, por exemplo, apresentaram planos próprios de vacinação.

Na segunda-feira, o governo federal informou que deve assinar nesta semana o memorando de intenção para a compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela Biontech contra a Covid-19. Segundo a nota, as negociações “avançam” e o imunizante deve ser fornecido em 2021. A data e distribuição por estados, contudo, não foram especificadas.

Até então, o governo federal havia anunciado somente uma parceria para pesquisa e produção nacional da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

Capital também não tem plano próprio definido

Em Florianópolis, também não há planos definidos para a vacinação. Em nota, a prefeitura da cidade afirmou que nesse momento agiliza processos licitatórios e estuda como irá armazenar e distribuir o imunizante.

Em agosto a Prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores uma emenda para destinação de R$ 20 milhões do orçamento municipal de 2021 para compra de vacina contra o novo coronavírus. O texto será votado nesta terça-feira (8).

Fecam negocia direto com São Paulo

A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) já iniciou uma discussão para que as prefeituras negociem a compra da Coronavac diretamente com São Paulo e o Instituto Butantan.

A Coronavac será produzida no Brasil Butantan, em São Paulo, por meio de uma parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech. A vacina está na última fase de testes e aguarda os resultados sobre eficácia, e após isso deverá passar por análise da Anvisa para ser liberada no Brasil.

Na quinta-feira (10), uma comitiva com a diretoria da federação vai até a capital do estado paulista para assinar o protocolo de intenções com o Butantan. O movimento permitirá que, após a aprovação da Coronavac, municípios catarinenses possam comprar doses da vacina independentemente do governo do Estado.

De acordo com a previsão do governo de São Paulo, o primeiro grupo a receber a vacina contra o coronavírus engloba profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado. Nove milhões de pessoas serão vacinadas na primeira fase.

Na semana passada, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) cobrou do governo catarinense parcerias para aquisição da vacina e imunização da população.

“O governo estadual deve agilizar parcerias, pois tem a responsabilidade de vacinar toda a população catarinense contra o coronavírus”, disse Neodi Saretta (PT), presidente da comissão.

Discussão no Congresso e no STF
Também na segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Poder Legislativo definirá uma estratégia de vacinação da população contra a Covid-19 com ou sem a participação do governo.

Paralelamente a isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar no próximo dia 17 uma ação que discute se o governo deve ou não elaborar um plano de vacinação em até 30 dias.

Com informações G1 SC 

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