Um forte terremoto no Marrocos na noite desta sexta-feira (8), de magnitude 6,8 segundou o Serviço Geológico dos Estados Unidos, causou pânico entre os residentes e turistas em Marrakech.
Ao menos 820 pessoas morreram e outras 672 ficaram feridas, segundo a emissora estatal Al-Aoula, citando o Ministério do Interior. Além disso, 205 pessoas estão em estado crítico, disse Al Aoula. Esse terremoto no Marrocos foi o mais forte a atingir aquela parte do país norte-africano em mais de 100 anos, segundo o Serviço Geológico dos EUA.
O epicentro do terremoto no Marrocos ocorreu a uma profundidade de 18,5 km, a cerca de 72 km a nordeste de Marrakech, pouco depois das 23h, no horário local (19h de Brasília), de acordo com o serviço geológico dos EUA.
“Terremotos deste tamanho na região são incomuns, mas não inesperados. Desde 1900, não houve terremotos M6 (de magnitude 6) e maiores num raio de 500 km deste terremoto, e apenas nove terremotos M5 (magnitude 5) e maiores”, pontuou.
O órgão também diz que “o desastre é potencialmente generalizado”, observando que muitas pessoas na área residem em estruturas que são “altamente vulneráveis a tremores de terra”.
A televisão estatal Al-Aoula mostrou neste sábado (9), em horário local, vários edifícios desabados perto do epicentro.
Em Marrakech, algumas casas na densamente povoada cidade velha desabaram, com as pessoas vasculhando os escombros manualmente enquanto esperavam por equipamento pesado, conforme relatou o residente local Id Waaziz Hassan à agência de notícias Reuters.
Além disso, Brahim Himmi, morador de Marrakech, afirmou que viu ambulâncias saindo da cidade e que muitas fachadas de edifícios foram danificadas. Ele explicou que muitas pessoas estavam assustadas e ficariam do lado de fora para o caso de outro terremoto.
Resgate tem dificuldade e autoridade pede doação de sangue para vítimas de terremoto no Marrocos
As equipes de resgate no Marrocos estão tendo dificuldade para chegar às áreas mais afetadas pelo terremoto que atingiu o país, porque as estradas próximas estão danificadas e bloqueadas, informou a TV estatal Al Aoula.
Enquanto isso, o Centro de Transfusão de Sangue e Hematologia do Marrocos pediu à população que doe sangue para ajudar as vítimas. Segundo o órgão, o número de feridos e o tipo de ferimentos significam que as bolsas de sangue serão necessárias o mais rápido possível.