Apesar do alto consumo de oxigênio, nesse momento, não há a possibilidade de desabastecimento nas unidades hospitalares em Santa Catarina. A informação foi dada pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) que é a responsável pela compra e abastecimento de gases medicinais para os hospitais próprios e, até o momento, não foram identificados casos próximos ao término do insumo.
A pasta ainda informa que a aquisição e o abastecimento de oxigênio nos hospitais filantrópicos e unidades municipais de saúde não estão sob sua responsabilidade. No entanto, alternativas são estudadas para auxiliar os municípios e a rede filantrópica na aquisição e reposição de oxigênio.
O governo do Estado de Santa Catarina garante ter aplicado, por meio da política hospitalar, mais de R$ 280 milhões no custeio e manutenção dos serviços, que podem ser usados no pagamento de profissionais, aquisição de insumos e oxigênio.
Volume acima do previsto
A nota encaminhada pela empresa White Martins, responsável pelo abastecimento, corrobora a informação dada pela SES. Mais que isso, afirma que o volume diário fornecido a pasta “segue acima do previsto em contrato” com um aumento superior a 90%, sobretudo, nos últimos 22 dias no comparativo com igual período do mês passado.
A empresa detalha em números o fornecimento junto a rede pública de Santa Catarina com 2.764.440 metros cúbicos de oxigênio líquido nos últimos seis meses (entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021). Em março (até o dia 22) a empresa forneceu 657.242 mil metros cúbicos de oxigênio para estas instituições de saúde.
O acréscimo representa 96% de aumento do volume fornecido em comparação à média histórica e está acima da previsão contratual com os clientes.
A empresa detalha “especificamente” a quantia endereçada à Secretaria de Saúde do Estado onde admite aguardar um “retorno formal” sobre as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto, bem como a previsão da demanda de cada unidade hospitalar.
Estratégia da empresa
Para atender o aumento do consumo de oxigênio no estado, a White Martins já realizou até o momento seis adequações de estocagem, ampliou e adequou mais de 20 redes e centrais reserva de cilindros. Além disso, a empresa aumentou os turnos de produção, como também passou a operar aos finais de semana, o que antes não ocorria.
Disponibilizou mais veículos dedicados ao atendimento medicinal, com novos motoristas, e disponibilizou mais de 700 cilindros na operação até o momento para suprir o volume crescente do consumo de oxigênio na região.
Sobre as variações de consumo de oxigênio, a White Martins também tem mantido constante contato com os seus clientes e autoridades de saúde locais para que que sejam comunicadas formal e previamente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras.
Por fim a empresa lembra que, na condição de fornecedora, não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca de evolução abrupta ou exponencial da demanda.
Com informações ND Mais