Com a aprovação do parecer do pedido de impeachment do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e seu consequente afastamento do cargo por 180 dias, quem vai assumir o governo do estado é a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido). Ela também estava sendo investigada, mas a denúncia foi arquivada.
Tanto Daniela quanto o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL) foram acusados de crime de responsabilidade fiscal, por conta de um aumento salarial dado a procuradores do estado em 2019. Com o afastamento de Moisés, ela passa a ser a primeira mulher a governar o estado de Santa Catarina.
Daniela nasceu em Maravilha, no Oeste catarinense, no dia 4 de abril de 1977. Advogada, produtora rural e ex-policial militar, ela é casada, tem 43 anos e é mãe de dois filhos. Eleita pelo PSL, deixou o partido no dia seguinte do movimento feito pelo presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2019.
Em janeiro deste ano, afirmou em entrevista ao portal NSC Total que sempre considerou natural ser mulher, e chegou onde quis, vencendo todos os desafios. Mas passado um ano da eleição, diz que percebeu as dificuldades que existem em ser mulher.
“Outro dia brinquei no gabinete, porque alguém disse ‘olha, isso a esposa do governador faz’ e eu respondi ‘olha, vai ser difícil eu conseguir uma esposa’ (risos). Eu me dei conta de que sempre havia uma esposa atrás do governador, do vice-governador. A esposa tem essa característica de estar sempre dando suporte. Eu não tenho a esposa. Meu esposo está longe, lá em Chapecó, não tem como largar a carreira e me acompanhar, nem largar nossa vida, nossa casa, tudo lá”, disse.
Ela também falou da sobrecarga feminina. “Essa condição de ser mulher, hoje eu percebo que é muito diferente. A mulher está sempre com os filhos. A gente agrega responsabilidades e não delega as anteriores. Acho que me dei conta das dificuldades que a mulher tem, do quanto mais precisamos nos superar para estarmos onde conseguimos estar”, disse ao portal.
Com informações Oeste Mais