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Saiba como vai funcionar o retorno às aulas na rede estadual em SC

As aulas na rede pública de ensino de Santa Catarina devem ser retomadas no dia 22 de abril, de forma não presencial. O planejamento foi detalhado pelo governador Carlos Moisés e pelo secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, nesta segunda-feira (6).

As atividades remotas atendem à Resolução nº 009 do Conselho Estadual de Educação, com objetivo de cumprir o calendário letivo de 2020. As ações compõem uma plataforma com diferentes canais de comunicação, ferramentas pedagógicas e procedimentos para alcançar, com a maior abrangência possível, os 540 mil alunos de escolas estaduais.

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Para a modalidade digital, foram criadas contas Google para todos os alunos e professores da rede estadual. Já os conteúdos serão oferecidos por meio da plataforma Google Sala de Aula (Classroom). Estarão disponíveis ainda outras três ferramentas de apoio: o livro didático, a área de Recursos Digitais de Aprendizagem do site da SED (Secretaria de Estado da Educação) e o SED Digital, um banco gratuito de cursos à distância.

As atividades podem ser em formato de vídeos, videoconferências, formulários de questões, documentos de texto e chats. Grupos de whatsapp, blogs, mídias sociais, aplicativos e outros recursos que melhorem a interação com os alunos poderão ser utilizados. Avaliações e informes de conteúdo estarão disponíveis nas opções Professor Online e Estudante Online, dentro da plataforma.

Alunos, pais e responsáveis devem começar a receber comunicados da SED a partir dessa semana. Os estudantes deverão acessar os canais indicados (Google for Education, Estudante Online ou contatar o telefone 0800, quando disponibilizado) para instruções dos professores e acesso aos conteúdos de internet e impressos.

Entrega de materiais impressos

De acordo com a SED, 18% dos estudantes e 8% dos professores da rede não têm acesso à internet em casa. Nesses casos, será realizada a entrega de material impresso aos estudantes, com a complementação de mensagens em SMS e um número 0800 para dúvidas (ainda em fase de implementação).

No caso do professor, será possível marcar dias e horários para utilizar computador e internet na escola e realizar atividades de planejamento e transferência de materiais para a plataforma Google ou as demais escolhidas.

A escola deve seguir os protocolos da Secretaria de Estado da Saúde, evitando aglomeração e providenciando adequada higienização dos ambientes e equipamentos durante a presença do professor.

Retomada na Capital

Em Florianópolis, ainda não há data para o retorno às aulas, interrompidas
no último dia 17 de março. Para evitar que os estudantes fiquem sem atividades, a prefeitura também quer regulamentar o ensino não presencial.

De acordo com o secretário de Educação de Florianópolis, Maurício Fernandes
Pereira, o Conselho Municipal de Educação precisa publicar resolução que regulamenta as atividades não presenciais, para fins de cumprimento do calendário letivo do ano de 2020. Isso já ocorreu em outras cidades, como Blumenau, Joinville e Brusque.

Com a resolução, as atividades não presenciais feitas durante o período de
isolamento podem ser incluídas na carga horária anual de 800 horas, prevista pelo governo federal. “Ficamos aguardando a posição do nosso conselho municipal. Como isso não ocorreu, mandamos ofício”, afirma o secretário.

A solicitação deve ser analisada pelo Conselho nesta quarta (8), eu reunião por
videoconferência marcada para as 10 h.

Plataforma virtual

Conforme o secretário Maurício Fernandes, o Portal Educacional colocado no ar em 19 de março é uma plataforma colaborativa que hospeda um grande repositório de conteúdo. Há sugestões de temas, atividades pedagógicas e jogos educativos voltados ao ensino e à aprendizagem dividido por ano e áreas (Línguas, Matemática, Ciências, Artes, etc e Educação Infantil).

“Temos material para crianças com deficiência, educação infantil com
atividades e brincadeiras para os pais realizarem com os filhos, EJA
(Educação de Jovens e Adultos) e ensino fundamental até o nono ano”, afirma
o secretário.

As atividades são oferecidas por meio de vídeo aulas, contação de histórias e visitas virtuais a museus, por exemplo. Ainda há espaço para que as escolas criem conteúdo próprio.

Quem não tiver acesso a computador com internet em casa poderá pegar o
material impresso ou utilizar os computadores das escolas municipais. “Tudo
agendado, sem aglomeração e seguindo os protocolos de saúde para garantir a segurança”, garante o secretário.

As atividades que não puderem ser realizadas de forma não presencial durante a quarentena deverão ser reprogramadas para reposição posterior. As 36 escolas básicas do ensino fundamental, com 18 mil matriculados, deverão registrar a carga horária de cada atividade não presencial.

Com informações ND Online 

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