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RS: Bombeiro diz que água cheira a corpos em decomposição

Corpos

AME5201. CANOAS (BRASIL), 10/05/2024.- Habitantes se transportan en una canoa en una zona inundada este viernes en Canoas, región metropolitana de Porto Alegre (Brasil). El número de muertos por las devastadoras inundaciones que castigan al sur de Brasil llegó a 116 este viernes y el Gobierno alertó sobre unas fuertes precipitaciones previstas para el fin de semana, que pueden agravar aún más una situación que ya es crítica. Las previsiones en algunas regiones del estado de Rio Grande do Sul es que las lluvias alcancen entre sábado y domingo un volumen de 115 milímetros, lo cual volverá a presionar el nivel de ríos que ya están desbordados, dijo el ministro de Información, Paulo Pimenta, en una rueda de prensa junto a otros miembros del gabinete. EFE/Andre Borges

Forte odor nas águas podem ser de corpos de pessoas que ficaram presas nas casas alagadas

Especializado em mergulho aquático, um integrante do Corpo de Bombeiros que atua nas enchentes do Rio Grande do Sul considera que o cheiro nas águas que encobrem locais de difícil acesso evidenciam que há corpos de seres humanos em decomposição sob os escombros. As declarações foram proferidas à repórter Bruna Lima, da Record TV, durante navegação pela cidade de São Leopoldo.

– Teve um momento que a gente passou em um local, e o bombeiro que estava com a gente disse: “Bruna, esse cheiro aqui, não é cheiro de animal morto, a gente que trabalha como equipe de resgate especializada em mergulho aquático reconhece esse cheiro. E esse cheiro não é de animal, é de corpos de humanos”. De baixo dessas águas, infelizmente o que eles acreditam como profissionais é que de fato pessoas ficaram. E é muito triste, porque nessa região, onde especificamente eu fui, tem muitos idosos – relatou Bruna ao Alerta Brasil.

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A jornalista considera que há subnotificação de desaparecidos, e conta que a maioria das pessoas que se salvaram enfrentam um momento de desolação.

– O tanto de pessoas que não têm a família, que ainda não deram notícias do desaparecimento, as pessoas perderam os celulares, perderam tudo. É um cenário de total desolo. As pessoas nem estão mais desesperadas, esse momento já passou. Eu vim em um momento em que a maioria das pessoas já arranjou um local para ficar temporariamente, mas a gente se questiona até quando eles vão ficar. As pessoas estão preferindo pensar no hoje, porque o amanhã é muito incerto, as chuvas ainda não cessaram – acrescentou.

A repórter fez ainda um relato pessoal comovente ao testemunhar a situação do povo gaúcho.

– A situação é bastante crítica, eu nunca vivi e tive na minha experiência de reportagem uma situação parecida, é bastante difícil ouvir esse relato. É difícil voltar para o hotel pensando nessas pessoas que não têm mais casa. É uma questão que a gente tem que ter muita humanidade e saber que essas pessoas vão precisar de ajuda não só agora, mas também depois que a água abaixar. Muita coisa vai ser encontrada, muita coisa vai ser perdida – lamentou.

Com informações Pleno.News

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