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Rede Marista de Solidariedade lança documentário “Territoriar: Ambientes Educativos Inspiram Novas Aprendizagens”

No dia 9 de novembro, às 18 horas, a Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, lança o documentário “Territoriar: ambientes educativos inspiram novas aprendizagens”. Com produção da Catalunya Filmes, o documentário que tem 35 minutos, traz à pauta reflexões sobre a qualidade e permanência escolar na educação pública brasileira. O lançamento acontece na abertura do II Congresso Internacional de Direitos Humanos, que será realizado na PUCPR.

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Com base em entrevistas e relatos registrados durante a execução do Projeto Territoriar, o documentário discute o modelo de escola atual, com destaque para o modelo arquitetônico, as relações com o território e a participação da comunidade na organização escolar. A narrativa apresenta, ainda, o projeto Territoriar como uma prática que visa contribuir na qualificação da educação pública do país, propondo a participação da comunidade na ressignificação de espaços educativos do Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental, considerando a convivência, a humanização, a ludicidade, a investigação e o sentimento de pertencimento territorial.

“Entendemos este documentário como ferramenta de disseminação e democratização dos estudos e reflexões que realizamos no assessoramento a outras instituições. É também um momento de formação e reflexão sobre as práticas educacionais que entendem a relevância de se considerar e valorizar os ambientes educativos, os territórios, a comunidade, a participação infantil e a arquitetura como imprescindíveis na aprendizagem”, afirma Bárbara Pimpão, coordenadora do projeto.

Nos dias 22 e 24 de novembro, a Cinemateca de Curitiba fará sessões gratuitas do documentário, às 10h30 e 16h, seguida de debate com a equipe do projeto.

Assista ao trailer:

O Projeto Territoriar

Baseado nas diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE-MEC), o Projeto Territoriar busca contribuir com a qualificação da educação pública por meio da ressignificação de espaços educativos ao considerar as especificidades de cada criança e território. Para isso, na sua execução, propõe a criação de Comitês Multidisciplinares em todas as escolas, com a participação de crianças, familiares, educadores, gestores, voluntários, representantes da Secretaria Municipal de Educação e demais instituições do Sistema de Garantia de Direitos.

Iniciado em 2015, o projeto envolveu 15 escolas públicas do primeiro Ciclo do Ensino Fundamental em sete cidades dos Estados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Uma pesquisa inicial indicou os espaços considerados prioritários para serem ressignificados: em 31% das escolas a indicação foi pela área para lazer e convivência; 23% biblioteca; 19% pintura (cores vivas, ambientes mais atrativos); 6% salas de aula (dinâmicas, lúdicas e com mobiliários diferenciados); 6% pátio (espaço que favoreça o brincar e a convivência); 6% tenda/quiosque (espaços cobertos para atividades); e 3% sala multiuso.

Com base nessa pesquisa e no diálogo estabelecido nos Comitês, o projeto proporcionou as ressignificações nas 15 escolas. Em Colombo, por exemplo, três escolas participaram do projeto: Escola Municipal Barão de Mauá, que teve o seu parque e a área de convivência ressignificados; a Escola Municipal Carlos Fontoura Falavinha, que definiu a área de convivência e a biblioteca para intervenção; e a Escola Municipal João Batista Stocco, que optou pelo parque, duas salas de aula e o refeitório.

Um dos espaços ressignificados na Escola Municipal João Batista Stocco, que atende 640 crianças de 5 a 12 anos, foi o parque. A área escolhida recebeu brinquedos para todas as idades e possibilitou o acesso a um bosque. Espera-se que com esta intervenção, o ambiente incentive novas práticas metodológicas pelos educadores e educandos.

“O projeto nos motivou para que conseguíssemos fazer essas modificações e atender o pedido das crianças, que contribuíram com opiniões do que faltava na escola. A intervenção do projeto não foi só na área física, mas também na nossa prática pedagógica. Com as formações, tivemos conhecimento de novas brincadeiras, atividades e conteúdos importantes para o desenvolvimento das nossas crianças. Com esta intervenção, o ambiente vai nos permitir novas práticas metodológicas, que aliam o lúdico ao ensino-aprendizagem, tornando-o instigante, desafiador e prazeroso”, revela a diretora Sandra Maria Carvalho de Oliveira.

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