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Queiroga pede mudança na classificação da Covid-19 no Brasil para endemia

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante anúncio de ações para o cuidado às pessoas com condições pós-covid-19.

A reunião entre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, teve entre os temas de debate o ‘rebaixamento’ do status da Covid-19 no Brasil. Atualmente tratada como pandemia, Queiroga já sinalizou que há intenção do Ministério da Saúde para que a nomenclatura passe para ‘endemia’. O encontro aconteceu nesta terça-feira (15).

“Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou o presidente do Senado em rede social.

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“O Ministério da Saúde avalia a medida, em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país”, afirma a pasta.

Queiroga encontrou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) na semana passada para tratar do mesmo assunto, também deve se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, para debater o tema. Até o momento, a OMS (Organização Mundial da Saúde), que concentra os esforços para combater a doença, não alterou o status da Covid-19.

Pandemia ou endemia?

De forma simplificada, uma doença ganha status de ‘pandemia’ quando atinge vários continentes de forma intensa. Quando uma enfermidade é classificada dessa forma, os países adotam uma série de medidas específicas para combatê-la, como ocorreu a partir de 2020, com a Covid-19.

Já a endemia ocorre quando uma doença que, embora tenha frequência acima do esperado em determinada região, convive com a população de forma contínua. Ao classificar a situação de contágio da Covid-19 dessa maneira, um governo indica que tem meios suficientes para controlar a doença e abre brecha para eliminar uma série de medidas restritivas.

Balanço

Segundo os dados desta terça, publicados pela Saúde, 91,2% da população acima de 5 anos já recebeu com a 1ª dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil. Com relação à segunda dose, são 83,4,% vacinados. No entanto,  apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos receberam a dose de reforço.

Nas últimas semanas, alguns municípios e estados revogaram o uso de máscara em ambientes abertos e fechados. Santa Catarina está entre os Estados que aboliu o uso de máscaras em todos os ambientes. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país já registrou 656 mil mortes por Covid-19 e cerca de 29,4 milhões de infectados.

*Com informações de Agência Brasil e Estadão.

 

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