Adelmo Alberti (PSL), prefeito de Bela Vista do Toldo, cidade do Planalto Norte catarinense, foi preso na manhã de terça-feira, dia 6. Além dele, também foi preso o vereador Vilson Stelzner (PSL). Ambos estavam em um hotel no Centro de Florianópolis, quando houve as detenções.
Eles faziam parte de uma comitiva formada por outros cinco vereadores que cumpriam agenda na Assembleia Legislativa e Centro Administrativo da Capital.
O prefeito é alvo da Operação Et Pater Filium. A casa dele e a prefeitura foram vistoriadas pela força-tarefa que envolveu 73 policiais militares, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Canoinhas.
Na terça-feira, ao mesmo tempo em que eram deflagradas as prisões do prefeito e do vereador na Capital, outras duas pessoas eram detidas na cidade de Bela Vista do Toldo: um aliado político do prefeito e um empresário.
Os mandados de prisão foram cumpridos por integrantes do Gaeco, força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, Polícia Militar (PM), Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria da Fazenda estadual.
Prisão preventiva é mantida
Na quarta-feira, dia 7, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a prisão preventiva dos presos.
Na audiência de custódia, presidida pelo desembargador Sérgio Rizelo, o Ministério Público de Santa Catarina foi representado pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, procurador de Justiça Fábio de Souza Trajano.
A audiência de custódia é o instrumento processual no qual o preso cautelarmente deve ser levado à presença da autoridade judicial, no prazo de 24 horas, para avaliação da legalidade da prisão.
Vice-prefeito assume prefeitura
Com a prisão do prefeito Adelmo Alberti (PSL), o vice Alfredo Cezar Dreher tomou posse na manhã desta quinta-feira, dia 8. A cerimônia foi realizada no gabinete da Prefeitura de Bela Vista do Toldo.
Durante entrevista à Rádio Planalto, Dreher pediu apoio aos vereadores e secretários “para fazer um bom trabalho”. Classificou as prisões como “difícil situação”.
Por que Et pater filium
A operação é a quarta etapa da Et Pater Filium, deflagrada em julho do ano passado com as prisões do então prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, e de seu filho, Marcus Vinícius Severgnini.
A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro.
Com informações ND Mais