“Seria cinematográfico, nos mesmos moldes de Criciúma“. É assim que o delegado Murilo Batalha, da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Joinville, no Norte de Santa Catarina, define o mega-assalto que vinha sendo planejado por criminosos na região.
A ação, no entanto, foi interrompida na tarde de segunda-feira (24), quando a Polícia Civil estourou o local em que o grupo vinha se organizando, em Araquari, prendeu três pessoas e apreendeu diversos materiais que seriam usados para o crime.
“Temos a convicção de que seria um mega-assalto pelo material apreendido: armas de grosso calibre, coletes e capacetes balísticos, uma quantidade imensa de explosivos que poderia, inclusive, ser acionados a distância, como os usados em Criciúma”, destaca Batalha.
Também foram apreendidos miguelitos, seis carros de luxo blindados com registro de roubo em São Paulo, muita munição e combustível, que seria usado para atear fogo em caminhões.
A investigação começou em dezembro de 2021, depois que a inteligência da Polícia Civil de São Paulo percebeu uma movimentação estranha em Santa Catarina e acionou a DIC de Joinville. Os policiais começaram a monitorar possíveis locais usados pelos grupos e encontraram o galpão em Araquari.
Entre os presos, está um homem procurado pela Polícia Federal pela participação em outro crime semelhante: um mega-assalto em Araçatuba, em São Paulo. Os três foram autuados em flagrante por crime de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e receptação e encaminhados ao presídio.
Segundo o delegado, a suspeita é de que os criminosos realizassem o mega-assalto ainda nesta semana. “Eles estavam preparados para o confronto, para uma ação cinematográfica em Santa Catarina”, revela Batalha.
Agora, as informações serão compartilhadas com a Polícia Civil de Florianópolis e a Polícia Federal.
Com informações ND Mais