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PL lança oficialmente Bolsonaro candidato à reeleição em evento no Rio

O Partido Liberal (PL) anunciou oficialmente o presidente Jair Bolsonaro (RJ) como candidato à reeleição à Presidência da República, na manhã deste domingo (24).

Em convenção que está sendo realizada no Maracanãzinho, na Zona Norte do Rio, foi divulgada às 11h17 a aprovação da candidatura, feita em votação virtual na plataforma virtual do partido. Em seguida, Bolsonaro foi chamado ao palco, onde subiu ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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O general Walter Braga Netto também foi confirmado como vice da chapa.

Às 11h30, Bolsonaro pegou o microfone e, após uma curta passagem bíblica sobre o valor da “mulher virtuosa”, deu o microfone para Michelle abrir os discursos.

“Vocês estão aqui apoiando um projeto de libertação da nação. Há quatro anos, passamos por essa experiência e não tínhamos ideia do que íamos enfrentar, não tínhamos ideia do que estava por vir. Como falei ontem, quando eu cheguei na Santa Casa e vi meu marido na maca [em fala sobre a facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018], eu olhei para o teto do hospital e falei ‘o senhor tem controle de todas as coisas’. (…) Essa nação é rica, é próspera. Ela só foi mal administrada. Deus ama essa nação”, disse a primeira-dama.

“Quando se fala em poder do povo, alguém acha que o povo cubano não quer a liberdade? Tem? Não. Como chegar a esse ponto? Por escolhas erradas (…) A nossa missão é não atrapalhar a vida de vocês. É, cada vez mais, tirar o estado de cima de vocês. Estado forte, povo fraco. Povo forte, estado forte”, disse Bolsonaro.

Os portões foram abertos às 8h20, e rapidamente apoiadores começaram a entrar, sem a cobrança de ingresso. Inicialmente, as entradas para a convenção foram disponibilizadas gratuitamente em um site, mas, segundo bolsonaristas, houve uma “tentativa de sabotagem” à convenção.

A deputada federal Carla Zambelli (PL) chegou a acionar a Polícia Federal para apurar o caso. Segundo ela, “militantes de esquerda” estimularam a retirada de convites com o objetivo de esvaziar o evento. Com isso, o PL decidiu liberar a entrada sem ingresso até a lotação máxima do local.

Zambelli foi uma das muitas apoiadoras presentes no ginásio, assim como os também deputados federais Daniel Silveira, Onyx Lorenzon, Luiz Lima e Hélio Lopes, o senador Romário, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o ex-ministros Eduardo Pazuello e Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, o advogado Frederick Wassef e os sertanejos Matheus e Cristiano, responsáveis pelo jingle da campanha, “Capitão do povo”.

Assim como a decoração do ginásio, o público, em sua maioria, estava de verde e amarelo. Muitos se enrolavam em uma bandeira do Brasil, que também era exibida em um grande telão no ginásio.

O Rio de Janeiro é berço político do presidente, que busca reverter a desvantagem nas pesquisas de intenção de voto — na mais recente do instituto Datafolha, ele aparece em segundo lugar, com 28% das intenções de voto, atrás do rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 47%.

Braga Netto

A convenção também confirmou o nome do general Walter Braga Netto para a vaga de vice na chapa de Bolsonaro. O militar se filiou ao PL em março deste ano. Ele também é um dos coordenadores da campanha à reeleição.

“O vice é aquela pessoa que tem que estar ao seu lado em momentos difíceis. O vice é a solução dos problemas, não pode conspirar contra você. Eu escolhi um general do Exército brasileiro. Vocês conhecem muito bem pela ocasião da intervenção no estado do Rio de Janeiro. Ele fez um trabalho fantástica no Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro.

O general de quatro estrelas chegou ao posto máximo da carreira dentro do Exército e ganhou notoriedade em 2018, quando foi nomeado interventor federal no Rio de Janeiro pelo então presidente Michel Temer (MDB).

Em 2020, foi nomeado para chefiar a Casa Civil e, depois, em março de 2021, passou a comandar o Ministério da Defesa. Este ano, o general deixou a pasta e assumiu a vaga de assessor especial da presidência da República, da qual foi exonerado em julho.

Com a escolha, Bolsonaro alterou a chapa que o elegeu, cujo vice era Hamilton Mourão (Republicanos). Após atritos públicos, Mourão vai disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

Com informação G1

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