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Pedófilos usam YouTube para trocar informações sobre vídeos de crianças

Uma polêmica explodiu sobre o YouTube durante esta semana. Em vídeo, um dos produtores de conteúdo da plataforma, Matt Watson, fez uma crítica ao YouTube e mostrou ma rede de pedófilos utiliza termos como “girls bikini” para encontrar vídeos de crianças em roupas de banho, praticando esportes ou na praia.

Esses usuários usavam o espaço de comentários para instruir as crianças e adolescentes na gravação de vídeos, mantinham contato uns com os outros, sinalizavam frames de vídeos em que havia maior exposição das crianças e até trocavam vídeos não listados nas buscas do YouTube.

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De acordo com Watson, eles também baixavam os vídeos e faziam upload deles em seus próprios canais para evitar que fossem removidos pelos usuários originais.

No vídeo, Watson mostra que uma conta recém criada no YouTube pode chegar a alguns dos vídeos usados por esses pedófilos em questão de cinco cliques, pela maneira como a rede de vídeos recomenda conteúdo aos usuários. Para ele, o mais chocante é que alguns desses vídeos são monetizados e exibem propaganda. “Isso é exploração infantil”, disse.

Para provar seu ponto, Watson usa uma VPN para realizar uma nova conexão e uma conta nunca antes usada. Com alguns cliques, ele está em um vídeo de meninas pequenas de biquini, que tem quase um milhão de visualizações, com uma barra lateral de recomendação cheia de vídeos semelhantes.

Alguns dos vídeos que são recomendados para ele nesse momento têm títulos em português. Segundo o YouTube, toda a polêmica ainda está “em processo de investigação, então neste momento não temos informações sobre impactos no Brasil. Se for o caso, tomaremos eventuais medidas junto às autoridades competentes.”

O problema gerou comoção nas empresas que fazem anúncios no Youtube. Nestlé, McDonald’s, Disney, Epic Games, AT&T e outras companhias retiraram seus anúncios da plataforma após a polêmica.

O que diz o YouTube

Uma porta-voz do YouTube no Brasil afirmou que a plataforma passou as últimas 48 horas tomando “medidas agressivas” para acabar com esse problema: mais de 400 contas foram deletadas nos últimos dias, milhares de vídeos removidos da plataforma e dezenas de milhões de comentários foram deletados.

“Fechamos os canais e reportamos todos esses comentários e material para as autoridades competentes nos Estados Unidos para que possam conduzir investigações nesse sentido. Temos um trabalho muito próximo das autoridades quando se trata desse assunto”, disse a porta voz.

Segundo o YouTube, os vídeos não são postados com esse contexto inicialmente e muitos deles mostram filhos das pessoas e crianças em atividades corriqueiras. “Nós tiramos esses vídeos do ar. Eles são postados de forma inocente e tirados de contexto”.

O YouTube também deixou claro que tem uma política restrita de idade e que não permite que crianças menores de 13 anos criem contas na plataforma.

Com informações G1

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