Em coletiva realizada nesta terça-feira (16), o ministro da Educação, Camilo Santana, revelou uma iniciativa para estimular a participação de alunos do 3º ano do Ensino Médio no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O anúncio ocorreu durante a divulgação dos resultados do exame de 2023, em que a pasta também liberou as notas individuais dos participantes.
O projeto, intitulado “Pé-de-Meia”, foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mesmo dia. Este programa tem como objetivo criar uma espécie de bolsa-poupança destinada a estudantes de baixa renda, facilitando a conclusão da escola e incentivando o acesso ao ensino superior.
O ministro Santana destacou a importância de convencer os jovens de que participar do Enem não acarreta custos e representa uma oportunidade crucial para ingressar no ensino superior. Ele ressaltou que é fundamental entender os motivos pelos quais muitos estudantes não se inscrevem ou desistem de realizar a prova.
Baixa participação de estudantes no Enem
De acordo com dados do ministério, cerca da metade dos estudantes que concluíram o colegial em 2023 não participaram do exame, e dos 1,4 milhão de concluintes do Ensino Médio que se inscreveram para a prova, apenas um milhão participaram efetivamente.
“Precisamos identificar os motivos em cada rede, em cada estado. E dialogar com as redes para identificar os motivos disso”, disse.
O governo planeja empregar os e-mails dos alunos inscritos no Enem para liderar uma campanha de divulgação nas escolas públicas, visando entender as motivações que influenciam os jovens a não se inscreverem ou desistirem da prova.
Como vai funcionar o programa de incentivo ao ensino médio?
O programa “Pé-de-Meia” destina-se a adolescentes de famílias inscritas no Cadastro Único, com renda per capita mensal igual ou inferior a R$ 218. Para a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), os estudantes elegíveis estão na faixa etária entre 19 e 24 anos.
O valor a ser pago ainda não foi definido, sendo uma decisão conjunta dos Ministérios da Fazenda e da Educação. O Congresso aprovou a criação de um fundo de R$ 20 bilhões para financiar essa medida.
Já os valores serão depositados em uma conta aberta em nome do estudante, podendo ser a poupança social digital disponibilizada pela Caixa Econômica Federal.
O ministro concluiu ressaltando que essa iniciativa será uma forma de estimular os estudantes regulares do colegial, proporcionando auxílio financeiro durante os três anos de estudo, com um valor especial no último ano para cobrir os custos da participação no Enem.
Com informações ND Mais